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Por que os estados de menor renda dos EUA pagam mais para voar?

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Ser pobre não é barato. Essa é a mensagem por trás de um novo relatório de planejamento de viagem da empresa Hopper, revelando que os moradores de baixa renda dos EUA pagam até 150 dólares a mais pelas passagens aéreas de ida e volta.

“Os estados de renda mais baixa têm mercados de viagens aéreas menos competitivos”, explica Patrick Surry, o cientista-chefe de dados da startup Hopper. No entanto, a correlação observada com renda familiar desaparece, uma vez que permite fatores como a densidade de demanda, o número médio de escolhas da companhia aérea e o número esperado de paradas nas rotas que as pessoas estão procurando. “Os dois últimos estão diretamente impulsionados pela concorrência. Quantas opções de companhia aérea você tem?”

Patrick Surry diz que há um ciclo de feedback positivo, no qual os estados com uma boa economia tendem a ter mais demanda, o que também estimula a economia. “A demanda per capita aumenta com a renda familiar, e os estados mais densamente povoadas são mais baratos para servir”, disse ele. “A densidade populacional também está correlacionada com a renda familiar: os estados mais prósperos atraem mais pessoas, aumentando a demanda e densidade”.

O estado de Wyoming, ao que parece, tem particularmente uma combinação ruim de baixa densidade e demanda de serviços. A empresa Hopper descobriu que esse estado teve as tarifas aéreas mais caras nos EUA, porque tinha o menor número de escolhas de companhias aéreas por rota (uma média de 2,5) e a maior média do número de escalas (pouco mais de 1).

Os vizinhos Montana, Idaho, Dakota do Norte e Dakota do Sul tiveram um aumento acima de 400 dólares nas passagens aéreas de ida e volta, porque, como explicou Hopper, a menor demanda faz com que seja mais difícil de completar os aviões e uma população dispersa torna mais difícil de preencher aeroportos.

Os dois estados dos EUA com a renda familiar média mais baixa, Mississippi e West Virginia, tiveram algumas das maiores passagens aéreas de ida e volta do país a 400 e 381 dólares, respectivamente. Por outro lado, os moradores de Delaware tiveram as menores tarifas de ida e volta nos EUA, por apenas 260,77 dólares, seguido de Rhode Island, 274 dólares, e Massachusetts, 274,82 dólares. O Colorado, por sua vez, foi o único estado, fora da Costa Leste, com voos de ida e volta disponíveis por menos de 300 dólares.

Em geral, os estados mais populosos e mais ricos do Corredor Nordeste têm alguns dos voos mais baratos da nação graças à alta densidade populacional, grande demanda, ao mercado de viagens de negócios e ao número de companhias aéreas concorrentes.

“Vários dos maiores aeroportos do nordeste – Boston Logan, Newark , New York LaGuardia, e o JFK, em Nova Iorque, são interessantes na medida em que eles não são realmente “conexões”, no sentido de serem dominados por uma única companhia aérea, mas são muito diversos, pelo contrário, oferecendo voos internacionais, inclusive”, explica Patrick Surry.

“Usamos uma medida muito simples de concorrência em termos de número esperado de opções de companhias aéreas por rota, mas seria interessante olhar se ela às vezes mascara o fato de que realmente uma companhia aérea está dominando suas opções potenciais”.

Patrick Surry diz que um crescimento na economia levará a uma melhor demanda e concorrência, mas isso vai levar tempo antes que as companhias aéreas possam responder a ele.

“Nosso conselho, para os que andam pagando muita diferença no valor dos voos, é tornar-se um consumidor informado”, explica Patrick. “Reserve com a maior antecedência possível, seja flexível em suas datas e no destino, e verifique horários alternativos de chegada e partida dos aeroportos. Mesmo aqueles não tão próximos que possam valer uma poupança significativa”.

© 2014, Newsweek

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