A diferença do tex-mex para a real gastronomia mexicana

Olá pessoal tudo bem? Essa semana, um grande amigo meu e também um grande internacionalista, José Almeida Castro, me enviou um menu de um restaurante da Cidade do México.

Aproveitei a ideia pois há tempos queria falar desta gastronomia que vêm ganhando o paladar dos brasileiros.

Já é possível encontrar inúmeros estabelecimentos mexicanos em São Paulo e no quesito food-trucks, são diversos.

Porém, existe uma grande diferença em dois conceitos:

1 – O conceito tex-mex (que está ganhando muito espaço no cenário gastronômico mundial).

2 – A real gastronomia mexicana.

Mas você sabe a diferença?

Vamos lá!

A comida tex-mex é o resultado de uma cozinha que reflete a história e a cultura que existe entre o Texas e o México, uma mistura da evolução e da adaptação das duas cozinhas.

Estamos acostumados a comer em restaurantes mexicanos, porém que trabalham neste conceito e achamos que lá no México encontraremos a mesma coisa.

No conceito Tex-Mex iremos sempre encontrar os famosos chips, tortillas, tacos, burritos, guacamoles, quesadillas entre outros. Ok, são muito gostosos mas é como dizer que a culinária japonesa se resume a sushis e sashimis. Existem algumas casas em São Paulo que fogem desse conceito (e é dessas que eu gosto) que servem a verdadeira comida mexicana. Claro que você pode encontrar Guacamole por ex, mas o menu é bem mais extenso e honra a verdadeira gastronomia local.

A gastronomia mexicana têm influências tanto de índios quanto de colonizadores e o resultado é uma culinária feita com infinitas combinações. Os produtos base na cozinha mexicana são o milho, o feijão e o chili (pimenta vermelha), que é um condimento usado em muitas receitas. A comida em geral é muito colorida e possui temperos fortes (as vezes muito fortes mesmo).

Vão aí alguns pratos famosos:

Fideos: que é uma massa fininha tipicamente mexicana, chile, chipotle (pimenta seca), abacate, creme azedo.

Tamales: ( a pamonha mexicana): massa de milho cozida, envoltas em folhas de milho e recheadas com frango, carne de boi ou porco, vegetais, ou, em sua versão doce, com frutas como abacaxi, milho ou goiaba.

Mole Poblano: Cacau ou chocolate amargo, chilli, chipotle (pimenta seca), tomate, amêndoas, banana frita, amendoim, nozes, passas, coentro, canela, gergelim, cebola, alho e salsinha.

Picadillos: Carne com chilli (pimenta vermelha) e milho, ovo, purê de feijão e banana, totopos (seriam os nachos originais) e queijo fresco ralado

Torta de Pechuga: Sanduíche de filé de frango empanado, tomates, guacamole, cebolas roxas, na baguete de milho. Geralmente acompanha chips de batata doce.

Bife Aplastado: Paillard, ovo frito, queijo e arroz divorciado (um arroz diferente) em salsas vermelha e verde.

Esses são alguns pratos, porém são inúmeros. Minha ideia principal hoje foi explicar os 2 conceitos.

Quando vemos em nosso país uma culinária estrangeira, acreditamos que ela se resume no que vemos por aqui, mas não, isso acontece com muitos países, mas cá entre nós, que tal dar uma viajada pro México e conhecer in loco isso que estou falando?

Não seria nada mal né?

Um grande abraço e até semana que vêm!