
Foto: Wikimedia
Um clique e já está pronto. Com a inserção das câmeras fotográficas nos telefones celulares, somado à expansão da telefonia, da internet, do wi-fi e das redes sociais, a fotografia atingiu um patamar de popularidade incalculável.
Há 126 anos, em 1888, com a invenção e construção da máquina Kodak e utilizando o slogan “Você aperta o botão, nós fazemos o resto” George Eastman iniciou a história da popularização da fotografia, facilitando todo o processo de captação, revelação e ampliação das imagens fotográficas.
Mas a ideia da fotografia é bem mais antiga. A escrita da luz, união dos termos gregos photos e grafien, vem de pesquisas coletivas surgidas ainda na Antiguidade Clássica, mas que se materializaram apenas no quintal da casa de Niépce, na região da Borgonha. Estima-se que foram necessárias oito horas para que o pesquisador pudesse registrar a imagem reconhecida, hoje, como a primeira fotografia permanente do mundo.
Entre Niépce e os smartphones existe uma longa história de evolução técnica e de desenvolvimento da linguagem fotográfica. Em seus primórdios, o fazer fotográfico era muito mais complicado. Com o passar do tempo, as câmeras foram diminuídas de tamanho e peso, surgiu uma grande variedade de lentes fotográficas, uma gama de papeis para ampliação das imagens, os filmes em rolo com diversas sensibilidades, preparados assim para luminosidades diferentes, dentre tantos outros aparatos técnicos.
Com o advento da fotografia digital, esse universo rompeu barreiras antes inimagináveis. As câmeras fotográficas profissionais alcançaram tamanha evolução que passaram a ser material requerido no mercado audiovisual. As câmeras amadoras tiveram seus valores barateados possibilitando uma larga ampliação do mercado, além de incorporarem tantos recursos, antes só acessíveis e compreendidos pelos profissionais da imagem, que permitem não só a captação, mas, também, o tratamento imediato das imagens.
Nesse trajeto de 165 anos, a fotografia conquistou seu espaço nas esperas cultural, artística, jornalística, publicitária, histórica, bélica, científica, antropológica, social e, cada vez mais, torna-se objeto de entretenimento, não apenas do público juvenil.
Com papel extremamente importante, a fotografia vem registrando a história do homem, suas conquistas e fracassos, suas alegrias e tristezas, suas construções e destruições, seus momentos de paz e de conflito sempre por meio de uma diversidade e pluralidade de olhares que a escrita com a luz possibilita ao seu criador.
Hoje, não mais sobre as placas de estanho ou de vidro, mas no mundo virtual e nas nuvens, a fotografia continua a fixar o instante que fisicamente não retorna mais, mas que revela ao seu observador a sensação de continuidade, da permanência no tempo, de manutenção da história e da memória.
Por Alexandre Huady Torres Guimarães