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8 anos agoon
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O tema da Semana Mundial de Aleitamento Materno de 2015 é: Amamentar e trabalhar – Para dar certo o compromisso é de todos! . “Eu decidi transformar o slogan numa pergunta: Amamentar e trabalhar – É possível?, visando promover uma reflexão mais aprofundada sobre a questão, que é tão complexa que fez a própria WABA (Aliança Mundial para Ação em Aleitamento), entidade promotora da iniciativa em nível mundial, retomar um tema já abordado em 1993, quando o enfoque foi Amamentar – Direito da mulher no trabalho! Passados 22 anos, o que será que mudou?”, afirma o pediatra e homeopata Moises Chencinski (CRM-SP 36.349), idealizador do Movimento #euapoioleitematerno.
Os especialistas da WABA, ao optarem pelo tema, fizeram uma análise das ações realizadas, nas últimas duas décadas, em todo o mundo, visando apoiar as mulheres que trabalham e amamentam. A primeira medida importante foi a aprovação da Convenção N°183 da OIT sobre proteção à maternidade. Além de outras ações significativas que melhoraram a legislação e as práticas nacionais. Os locais de trabalho têm se tornado “mais amigáveis” às mães, com o incentivo de prêmios para os empregadores que contratam mães trabalhadoras, criação de salas de apoio à amamentação e o aumento da conscientização do direito das mães trabalhadoras de darem continuidade à amamentação.
“Mesmo com tudo o que foi feito nestas duas décadas, os estudos sobre a alimentação dos lactentes e das crianças na primeira infância mostram que é preciso avançar mais”, destaca Moises Chencinski.
Objetivos de 2015
Com base no que foi feito e no que ainda pode ser aprimorado, a WABA, destaca os objetivos da Semana Mundial de Aleitamento Materno de 2015:
Como apoiar efetivamente a mulher que trabalha e amamenta?
“Um dos grandes méritos da Semana Mundial de Aleitamento Materno é nos fazer refletir. O desafio está na mesa: como podemos em nível regional, nacional e mundial empoderar e apoiar todas as mulheres que trabalham, em ambos os setores, formal e informal, para que elas conciliem adequadamente o trabalho e os cuidados com a criança, em especial em relação com a amamentação?”, questiona o médico, autor do blog #euapoioleitematerno.
Segundo o médico, essa é uma “‘batalha difícil’, pois a mulher trabalhadora envolve aquela que está no setor formal da economia, a trabalhadora autônoma ou sazonal e ainda as que prestam serviços domésticos. Todas as mulheres têm as mesmas chances de continuar amamentando seus filhos?”, pergunta Moises Chencinski.
A WABA sugere algumas estratégias para apoiar as mulheres que trabalham. São ações de curto e de longo prazo. A seguir, listamos algumas das sugestões da entidade:
I) Legislação e Práticas de Proteção à Maternidade (longo prazo)
II) Programas de Apoio à Amamentação no Local de Trabalho (curto prazo)
III) Apoio à Amamentação na Comunidade e no Setor Informal
Sobre as mães e trabalhadoras na economia informal, veja também:
a) Como Apoiar a Mulher na Economia Informal a Combinar Seus Papéis Reprodutivos e Produtivos, Seção 9 do kit da campanha para Proteção à Maternidade:http://www.waba.org.my/whatwedo/womenandwork/pdf/09.pdf;
b) Estendendo a Proteção da Maternidade às Mulheres na Economia Informal: Uma Visão Geral dos Programas de Financiamento da Saúde na Comunidade, Documento de trabalho da OIT: http://www.waba.org.my/pdf/67p1.pdf.