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8 anos agoon
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Há algumas semanas cobri para o The São Paulo Times o evento Fronteiras da Saúde Quântica, realizado em São Paulo pela Quantum Bio; que apresentou um painel internacional de conferencistas incluindo especialistas da Rússia e Alemanha, alem de diversos médicos e cientistas brasileiros. Esta semana, pesquisando o assunto para escrever este artigo, encontrei um texto de Deepak Chopra, medico e PhD, para o Huffington Post, descrevendo exatamente um evento semelhante (embora restrito ao público profissional) ocorrido na Califórnia em setembro do ano passado, e cujos resultados foram publicados num trabalho especial intitulado “Biocampo Ciência e Cura: Uma Fronteira Emergente na Medicina”, publicado em “Avanços globais em Saúde e Medicina “da Edição Especial em Biofield Ciência e Cura, lançado em novembro de 2015.
É interessante verificar que o Dr. Chopra, mundialmente famoso por muitos livros não necessariamente ligados à “ciência oficial” é não apenas parte desse grupo dedicado a debater a ciência do Biocampo, mas aparentemente seu maior porta-voz nos Estados Unidos. Por trás da figura pública e famosa de Chopra, há um corpo de especialistas de diversas áreas, incluindo pesquisadores médicos, físicos, psicólogos. Sua própria “Fundação Chopra” é um dos organizadores e patrocinadores do trabalho – e se não surpreende que ele mais uma vez esteja à frente de um trabalho que visa integrar medicina com uma visão mais holística do ser humano; é interessante ver que a própria classe medica e os cientistas envolvidos no projeto escolham colaborar com essa visão e serem, de certa forma, representados por ele. Percebemos que vai um longo caminho desde que as afirmações e visões de Deepak Chopra eram apenas “curiosidades estranhas” apresentadas em suas famosas entrevistas no programa da Oprah, até este ponto na história onde oficialmente se reúnem médicos e cientistas em torno desta visão mais ampla, debatendo seriamente, com validade acadêmica, uma nova fronteira e paradigma da ciência e da cura; que é marcada pela ideia do Biocampo (Biofield).
O Biocampo é um velho conhecido; embora tenha ficado de fora da agenda da medicina convencional por muitas décadas. É de certa forma um desenvolvimento mais completo daquilo que começou a ficar conhecidos nos anos 70 como “fotografia Kirlian”: um método de fotografar as energias sutis que compõem o ser humano. Se na época a ideia ficou restrita a uma mera “curiosidade” sem uma aplicação direta efetiva na saúde, hoje o desenvolvimento de novas tecnologias permite trabalhar de modo muito objetivo e direto com essa forma de disgnóstico.
Ainda no ano passado assisti uma apresentação de um dos principais equipamentos de diagnóstico utilizando o biocampo; um invento do Dr. Korotkov, convidado do evento fronteiras da Saúde Quântica de São Paulo. Na ocasião, a terapeuta Patrícia Líbano, então vice-presidente do Instituto Nikola Tesla (fundado por outro dos nomes internacionais do evento da Quantum Bio; Boris Petrovic) utilizou o equipamento para um diagnóstico rápido de uma das pessoas presentes na platéia; e em cerca de 20 minutos, sem fazer uma só pergunta prévia, apontou todos os pontos de atenção que a pessoa deveria ter com sua saúde, inclusive referindo questões hormonais e psico-emocionais que absolutamente não poderiam ser “deduzidas” pela mera observação da pessoa pelos minutos sobre o palco. Um dos momentos mais interessantes do diagnóstico foi aquele em que o equipamento identificou um problema que foi traduzido pela especialista como “há algum problema com um dente seu; especificamente o segundo molar inferior direito”. De fato, a pessoa havia realizado um tratamento de canal naquele dente há alguns meses, mas o procedimento parecia não ter sido plenamente bem-sucedido, porque a paciente ainda sentia incomodo. Vale lembrar que a especialista jamais chegou perto o suficiente da paciente para poder sequer observar algo mais de perto sobre ela, que dirá olhar os seus dentes.
O criador desta tecnologia de análise das imagens do biocampo humano é um medico e pesquisador de grande renome na Rússia e no mundo todo; e foi a estrela do evento sobre saúde quântica em São Paulo, realizando um workshop para médicos e profissionais da Saúde e uma palestra aberta ao público leigo. Naturalmente que a explicação científica do funcionamento da tecnologia demandaria muito mais espaço do que é viável neste artigo; mas o importante é a verificação de que a nova fronteira da medicina e da ciência da cura é, sem dúvida, o conceito de biocampo. Alem do Dr. Korotkov, diversos outros médicos e cientistas apresentaram suas visões integrativas sobre saúde humana, e inclusive uma medica veterinária falou sobre a aplicação destas ferramentas também ao tratamento dos animais.
O essencial a ser compreendido sobre esta forma de entender a saúde é que ela percebe o ser vivo como um composto não apenas de matéria orgânica, mas de energias que podem ser medidas, observadas e utilizadas para o diagnóstico e o entendimento do problema – integrando idéias milenares e em uso na medicina oriental, especialmente chinesa, indiana e tibetana, há séculos. A visão dos campos energéticos em atuação na saúde é a própria base da acupuntura, dos meridianos energéticos utilizados na reflexologia e no shiatzu, por exemplo.
Isso nos leva a considerar, porque, exatamente, a medicina ocidental levou décadas de negação da existência dessas energias, para hoje, finalmente, reconhecer sua existência de forma tão simples e natural. Há um grande incomodo por parte de muitos dos mais tradicionalistas neste reconhecimento – e ficamos com a impressão de que esse incomodo nasce exatamente do erro do passado: como um dia foi negado, admitir hoje que essas energias existem e são ferramentas de diagnóstico extremamente válidas e eficazes é uma admissão de um erro de avaliação. Ou a admissão da ausência de interesse anterior nesses estudos, o que vai frontalmente contra o interesse da saúde dos seres e contra uma atitude verdadeiramente científica, de pesquisar e investigar. Alguns diriam talvez que a falta de incentivo poderia ser explicada pela grande máquina da indústria químico-farmacêutica, muito mais interessada em vender remédios de uso (e lucro) contínuo do que em efetivamente promover a saúde dos seres.
Seja como for, tanto o evento de São Paulo quanto o relatório do evento da Califórnia mostram que as novas fronteiras da ciência da saúde estão abertas e começam a ser pesquisadas por um grande número de profissionais de saúde interessados num novo paradigma de saúde, baseado na prevenção, na qualidade de vida e numa visão integrada dos seres como um todo, composto de energias, psique, emoções; e que neste todo integrado residem respostas melhores e muito mais eficazes e completas do que na análise exclusiva dos aspectos físicos e orgânicos.
Ao longo das próximas semanas, publicarei textos específicos sobre as principais palestras do evento Fronteiras da Saúde Quântica, inclusive indicando os livros e contatos dos profissionais de saúde que se apresentaram no evento.
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Paulo Roberto Ramos Ferreira é Coach e Terapeuta Transpessoal; Membro da ONG Terapeutas Sem Fronteiras e Conselheiro do Nikola Tesla Institute e autor do livro O Mensageiro – O Despertar para um Novo Mundo. © 2015.