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Enquanto as pessoas ao redor do mundo esperavam na fila para a versão mais recente do iPhone, mais de 150 mães, pais, engenheiros, designers, profissionais de saúde e educadores se reuniram na MIT Media Lab para a o Make The Breast Pump Not Suck Hackathon. O objetivo do evento foi transformar a Bomba para Tirar Leite mais eficiente, mais barata e mais confortável para todas as mães.
O projeto da bomba não mudou muito desde que a primeira bomba mecânica foi patenteada em 1920. Na teoria, as bombas são destinadas a dar às mulheres a opção de amamentar enquanto estiver no trânsito. Na prática, no entanto, eles não são nada convenientes.
Trechos de histórias de mães em um artigo no The New York Times, inspiraram o evento para rever algumas das falhas atuais na bomba de tirar leite.
“Um amigo, executivo em Washington, descreveu o bombeamento em um aeroporto de San Juan, Puerto Rico, enquanto algumas mulheres estavam segurando funis de plástico em seus peitos, outras mulheres que se maquiavam olharam com certa reprovação. A única tomada elétrica estava ao lado das pias dos banheiros.”
“Outra amiga precisava bombear durante um Call; ela cruzou os dedos para que o cliente na outra linha não perguntasse sobre o incessante e curioso som em segundo plano. O ruído não é da sucção, como se poderia esperar, mas do motor. Nosso carro de meia tonelada híbrido é mais silencioso.”
“Um outra amiga comentou sobre o plástico transparente dos funis: um designer de produto realmente pensa que eu gostaria de ver meus mamilos sendo sugado vez ou outra?”
Estas preocupações, e muitos mais, foram levantadas no hackathon.
O projeto da equipe “Team Batman” foi o vencedor. Seu projeto “Mighty Mom” é um cinto de utilidades inteligente que faz o bombeamento da mama ser discreta. A equipe reduziu bomba e até seus componentes mais básicos, o que limita o número de itens que precisam ser transportados. O projeto permite que as mães coloquem por dentro de seus sutiãs, e executem sob suas roupas. Um cinto de utilidades localizado no quadril detém as maiores peças do motor e as garrafas. O design elegante permite que as mães bombem em movimento. O protótipo é poderoso, portátil e silencioso (a equipe fez questão de abafar o motor).
Eles não só corrigiram falhas por produtos anteriores; mas acrescentaram tecnologia inteligente à mistura. A Mighty Mom usa sensor óptico que, com uma luz infravermelha, pode ler o conteúdo do volume, saída, tempo, e quantidade de leite instantaneamente. Em seguida, envia as informações para o seu smartphone para análise.
“Isso pode realmente mudar o jogo”, disse Erin Freeburger, membro da equipe vencedora à Newsweek.
A Team Batman, composta de cerca de 20 pessoas, ganhou US$ 3.000 pelo seu design. Mas Freeburger diz que eles não estavam envolvidos para obterem lucros pessoais. Em vez disso, espero que a Mighty Mom será regra para as mamães em um futuro próximo.
O segundo lugar foi o projeto “Helping Hands“ que ganhou US$ 2.000 e o terceiro lugar ficou com “Pump IO” que ganhou US$ 1.000 de prêmio. Haviam 10 propostas no total.
Depois disso, dois membros do Team Batman serão enviados ao Vale do Silício para mostrar a ideia aos possíveis investidores. Embora não esteja claro como o dinheiro seria dividido, pois a ideia é que possa ser compartilhado com várias empresas.
Mas depois de quase 60 anos de estagnação, mudar realmente é o caminho para a bomba de tirar leite? Freeburger é otimista. “Foi um problema no passado, onde quase ninguém fala sobre isso, não é um produto que chame a atenção” disse ela. O hackathon MIT deu as mães uma plataforma para ser ouvida, e os pais estão ajudando a amplificar a mensagem. ”Havia um monte de pais lá”, ela disse, “Todo mundo está começando a perceber que não é uma questão apenas das mães”.
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