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9 anos agoon
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País ocupa 8º lugar entre 20 países. Apesar da nova colocação, especialista em fraude financeira alerta sobre a migração dos golpes para outros canais de pagamento.
A ACI Worldwide (Nasdaq: ACIW), fornecedora global líder em pagamentos eletrônicos e sistemas bancários, anuncia os resultados da pesquisa 2014 de fraudes em cartões. De acordo com o levantamento, 30% dos brasileiros revelaram que jogam documentos com números de contas bancárias no lixo; 22% usam serviços bancários ou lojas online em computadores sem softwares de segurança ou em PCs públicos; e 21% deixam seus smartphones desbloqueados quando não estão utilizando-os.
“Apesar de melhorarmos uma posição no ranking global e as instituições financeiras estarem trabalhando para diminuir os percentuais de fraudes, o comportamento dos consumidores brasileiros ainda é arriscado e pode colocar a população facilmente em situações de fraudes financeiras”, afirma Joel Nunes, gerente dos consultores de soluções para América Latina da ACI Worldwide Brasil.
O levantamento indicou que, globalmente, um em cada quatro titulares de cartões foi vítima de fraude nos últimos cinco anos. O Brasil caiu uma posição em relação ao levantamento de 2012 (há dois anos o país ocupava o 7º lugar no ranking geral e hoje está em 8º lugar).
Para Nunes, a diminuição do número de fraudes no Brasil, apesar do crescimento do volume de transações com cartões nos últimos anos, ainda pode ter relação com a migração dos golpes para outros canais, como o internet banking. “Os golpistas tem se concentrado no que chamamos de ‘fraudes com cartões não-presentes’, ou seja, quando não precisam do cartão para aplicar o golpe, mas apenas dos dados pessoais e financeiros da vítima”, explica.
Dos 20 países analisados pela pesquisa, os Emirados Árabes Unidos e a China lideram o ranking, com 44% e 42%, respectivamente, de entrevistados que disseram ter sofrido algum tipo de fraude nos últimos cinco anos. Holanda e Suécia estão entre as regiões com os menores índices, com 13% e 10%, respectivamente.
– No ranking geral de fraudes com cartões, o Brasil cai uma posição, passando do 7º lugar (2012) para o 8º (2014). De acordo com a pesquisa, há dois anos 33% dos brasileiros alegaram ter passado por uma experiência de fraude com os seus cartões nos últimos cinco anos; enquanto que em 2014, apenas 30% disseram o mesmo;
– Nos golpes em cartões de crédito, o país também caiu uma posição e passou do 5º para o 6º lugar no ranking geral;
– Analisando somente as fraudes em cartões de débito, o país caiu 5 posições. Do 6º lugar ocupado em 2012 passa para o 11º este ano;
– Já nas fraudes em cartões pré-pagos, que ainda são mais incipientes mas também foram avaliadas pelo estudo, o Brasil caiu 3 posições, passando do 5º lugar (2012) para o 8º (2014);
– Os Emirados Árabes Unidos, no entanto, ocupam o topo do “pódio”, registrando a maior taxa de fraudes entre os países entrevistados (44%). Em 2012, o país ocupava a 4ª posição do ranking, com 36% dos entrevistados relatando que já sofreram algum tipo de fraude em seus cartões. Na pesquisa deste ano, os Emirados Árabes Unidos são seguidos pela China (42%), Índia (41%) e Estados Unidos (41%);
– 49% dos consumidores globais apresentam pelo menos um comportamento de risco, que pode colocá-los claramente em situações de fraudes financeiras;
– 55% dos entrevistados se mostraram “muito preocupados” em recuperar suas identidades financeiras ao se tornarem vítimas de roubos de identidade, o que representou um duplo aumento do número de pessoas com esse tipo de preocupação se considerada as informações da pesquisa em 2011;
– 18% dos consumidores globais não sentem confiança de que a sua instituição financeira pode protegê-los contra fraudes;
– Dos titulares de cartões entrevistados, os que receberam a troca de seus cartões em consequência de uma atividade fraudulenta ou violação de dados no último ano, 43% usaram o novo cartão menos vezes do que o original;
– Em geral os consumidores estão insatisfeitos com o tratamento dado pelas instituições financeiras depois de passarem por alguma experiência de fraude. Às vezes, a opção é mudar de provedor de cartão, o que resulta em uma taxa de atrito global de 23%. No Brasil, 29% dos entrevistados revelaram estar muito insatisfeitos nessas situações e 21% disseram que mudariam seus provedores de cartões após uma experiência fraudulenta;
– Quando questionados se já experimentaram algum tipo de fraude com os seus cartões de débito ou crédito mais de uma vez nos últimos cinco anos, 14% dos consumidores globais responderam que “sim”. O índice se mantém, se comparado ao ano de 2012; mas representa um salto de 8%, se comparado com a pesquisa de 2011, em que apenas 6% deram a mesma reposta.