Casal investiu 80 reais e hoje tem a única fábrica de ossos artificiais do Brasil
Prestes a completar 19 anos, a Nacional Ossos está sozinha no mercado de ossos artificiais no país e já exporta para 35 países e é um exemplo do conceito “oceano azul” dos negócios.
A história do casal Fabiana, de 41 anos, e Paulo Costa e Silva, de 42 anos, é a prova de que oportunidade quando aparece não deve ser desperdiçada! Há 19 anos, ela e o marido tinham acabado de se formar em Administração de Sistemas de Navegação Fluvial na Fatec de Jaú e tinham como plano futuro montar uma fábrica de barcos de passeio. Para isso, aprenderam a mexer com fibra de vidro. E com um pequeno investimento de 40 reais de cada um, começaram a vender anjinhos de resina na feira da praça de Jaú (SP) e foi ali que tiveram a oportunidade de mudar suas vidas para sempre, e que os tornaram os donos da única fábrica de ossos artificiais da América Latina.
Foi com uma proposta inusitada de um médico da cidade para que produzissem do mesmo material do anjinho um modelo de Fêmur, que o casal aceitou o desafio e iniciou o que seria o seu futuro negócio. O médico mostrou o que queria e o casal foi testando. “Tivemos que inventar todo o processo, o produto.” diz Paulo.
Os ossos artificiais são usados em várias áreas na veterinária, odontologia e medicina. Como material didático para estudo de anatomia, base para desenvolvimento de novos implantes e demonstração dos implantes colocados.
Hoje, na empresa trabalham cerca de 40 pessoas, responsáveis pela produção dos ossos artificiais, que na maior parte da produção é feito artesanalmente. A empresa produz mais de 300 tipos diferentes de ossos artificiais do corpo humano e veterinário com a orientação de profissionais.
A empresa, em parceria com algumas universidades, doa materiais de odontologia, ortopedia e veterinária para incentivar a prática em ossadas similares a estudada, e assim também colabora diretamente com a redução dos erros médicos e ao mesmo tempo a mantém próxima do universo técnico e científico para cada vez mais aprimorar seus produtos. “Todo material é desenvolvido pelos médicos, dentistas e veterinários. A peça é pedida pelo profissional do jeito que ele precisa e, antes da entrega, os produtos passam pela aprovação do profissional que os encomendou”, completa Fabiana.
