Usina e laboratório próprios são diferenciais que contribuem para o desenvolvimento de soluções ecologicamente corretas.
O Grupo Ecorodovias – holding das concessionárias Ecovias, Ecopistas, Ecovia, Ecocataratas, Ecosul e Eco101, além de Elog e Ecoporto Santos – tem buscado aperfeiçoar as características do asfalto brasileiro. Assim, criou um centro de inovação que pesquisa, desenvolve e testa soluções mais sustentáveis, como a Mistura Asfáltica Morna e o Asfalto- Borracha –também conhecido como asfalto ecológico, que pavimenta quase toda a malha do sistema Anchieta-Imigrantes (SAI).

Com infraestrutura de destaque no setor, que conta com uma usina própria e um laboratório de pesquisa e análises localizados na sede da Ecovias, em São Bernardo do Campo – SP, o Grupo Ecorodovias foi um dos pioneiros nesse tipo de pesquisa no Brasil. Técnicos, especialistas e engenheiros iniciaram o processo em 2002, quando começaram a pavimentar alguns trechos do sistema Anchieta/Imigrantes (SAI) com asfalto borracha, composto de pó de borracha (extraído de pneus) adicionado ao cimento asfáltico de petróleo (CAP). Hoje, 12 anos depois, 98% da malha rodoviária da concessionária Ecovias em pavimento flexível já tem como ligante o asfalto borracha, também conhecido como asfalto ecológico. A estimativa é que tenham sido reciclados, só no SAI, mais de 800 mil pneus.
De acordo com Paulo Rosa, engenheiro-assessor de projetos especiais da Ecovias, os benefícios vão desde a durabilidade do pavimento, que pode chegar a 40% a mais do que o asfalto convencional, variando com as condições climáticas do local. “Uma faixa de rolamento de 1 km de asfalto borracha utiliza cerca de 600 pneus que seriam descartados na natureza”. Outras concessionárias do Grupo também usam esse tipo de tecnologia que já foi aplicada em mais de mil quilômetros de faixa das estradas administradas pela ECORODOVIAS.
Depois de muita pesquisa, a equipe da Ecorodovias chegou a adoção de uma nova solução tecnológica, a Mistura Morna com Asfalto borracha (WMA – Warm Mix Asphalt). O objetivo desta tecnologia é de que ao reduzir a temperatura de produção e consequentemente, de compactação, diminuam-se os níveis de emissão de agentes nocivos à saúde pública, vindo de acordo com os objetivos do tratado de Kyoto. Uma vantagem ao utilizar esta tecnologia é que o tempo de perda de temperatura destas misturas passa a ser maior, ou seja, é possível transportar a massa asfáltica em distâncias longas com menor perdas de temperaturas. Outra vantagem é que permite que sejam realizadas obras em dias mais frios, que inviabilizam tecnicamente a execução de misturas à quente.
Além disso, pesquisas internacionais indicaram redução de emissão de CO2 de pelo menos 40% em comparação ao emitido na produção de misturas a quente, e economia de aproximadamente 30% no consumo de combustível sejam poupados. “É uma alternativa à mistura quente com asfalto-borracha. Enquanto o composto reciclável de pneus requer, ao menos, uma usina próxima à pavimentação, a Mistura Morna com Asfalto-Borracha pode ser transportado tranquilamente, em distâncias mais longas, gerando economia de custos”, explica Rosa.
Até o momento, quatro concessionárias do grupo ECORODOVIAS já implementaram, em caráter de teste, esse tipo de asfalto.