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Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva alerta que o tabagismo está relacionado aos cânceres esofágico, gástrico e colorretal.
O cigarro é um agente causador de câncer de pulmão, problemas no aparelho respiratório, cardíacos e psicológicos, entre outras consequências, mas não são apenas essas as implicações de seu consumo. Em referência ao Dia Nacional de Combate ao Fumo (29 de agosto), a Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED) alerta a população sobre os malefícios do cigarro para o aparelho digestivo.
O endoscopista Fauze Maluf Filho, membro da SOBED, explica que o hábito de fumar, por causar aumento da acidez, pode retardar a cicatrização de úlceras do estômago e duodeno. Além disso, está relacionado aos cânceres esofágico, gástrico e colorretal, e aumenta o risco para pancreatite crônica.
O desgaste que o cigarro causa vai desde a boca até o intestino delgado (duodeno). Na boca, os problemas gerados são dentários e mau hálito (halitose). No esôfago e estômago, ele agride a mucosa, deixando o trato gástrico propenso à gastrite e úlcera. As principais doenças relacionadas ao hábito de fumar são: câncer do tubo digestivo, refluxo gastroesofágico, úlcera gastroduodenal e inflamação no pâncreas.
A saída para evitar os malefícios do cigarro é parar de fumar. Segundo o endoscopista, estudos atestam que após um ano de interrupção, todos os problemas citados reduzem substancialmente. “Quanto mais tempo se tem o hábito de fumar, mais difícil se torna a recuperação dos danos causados. A tendência da maioria dos casos em que o paciente apresenta algum problema no aparelho digestivo e fumou por um longo tempo é de uma recuperação muito tardia em relação àquele que não fuma”, completa o especialista.