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Como integrar a geração Y e obter melhores resultados?

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Foto: Reprodução

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Há algumas semanas a Revista Você S.A. publicou uma interessante matéria sobre como a geração Y transforma a gestão nas empresas em que é ouvida. Transforma para melhor. É bastante promissor verificar que grandes empresas começam a se relacionar melhor e obter bons resultados com esta geração de novos profissionais. Grandes executivos, CEO’s, agora abrem canais de comunicação com seu pessoal mais jovem. Alguns dispensam gravatas, fazem suas refeições com a moçada no restaurante da empresa, adotam programas de aproximação e diálogo como o Fale com o Presidente, Café com o RH e similares, oferecem maior flexibilidade de horário, home-office, short Friday, entre outras iniciativas.

Inúmeras empresas relatam que este tipo de relacionamento baseado na comunicação aberta e na liberdade está trazendo excelente retorno em termos de comprometimento e contribuição de seu pessoal. Esta é uma consequência muito natural, pois acredito, e suponho que o leitor concorda comigo, que todo ser humano tem uma resposta comum ao tratamento que lhe é dispensado, isto é: responde positivamente quando bem tratado e negativamente quando ignorado ou maltratado.

Um ambiente onde reina a confiança, o diálogo e a liberdade induz a uma maior participação e união das pessoas e seu comprometimento com as metas e objetivos da organização. Ambiente saudável é um dos fundamentos do modelo SCG – Simples Complexo Gerencial, que formatei e tive a oportunidade de empregar por mais de uma década, com excelentes resultados, em empresa do competitivo segmento global de autopeças.

No SCG, a construção do ambiente é feita com base nos conceitos da comunicação, motivação, liderança e sua aplicação, a teoria na prática, sendo realizada por meio de ações e programas que buscam oferecer condições favoráveis ao diálogo, que reforçam a participação e união das pessoas, que demonstram compromissos claros com os funcionários e que evidenciam a responsabilidade social da empresa.

A teoria do desenvolvimento organizacional explica que o processo de mudança começa com o aparecimento de forças exógenas, que vem de fora, isto é, provém do ambiente, como por exemplo a mudança dos valores da sociedade. Estudos mais recentes definem intraempreendedorismo como a capacidade de os indivíduos trabalharem em rede dentro da organização, de forma a maximizar a colaboração, o conhecimento e os recursos disponíveis. O conhecimento do grupo interno é ainda potencializado pelo acesso às redes de informação que seus componentes cultivam externamente à organização.

Estes parecem ser os motivos a explicar o retorno em comprometimento e contribuição observado pelas empresas, pois os jovens que hoje nelas atuam, provém de uma sociedade que valoriza o dinamismo, oferece direitos democráticos e liberdade de expressão e exposição. Eles trazem consigo as mudanças da sociedade e desejam vê-las também nas empresas, promovendo o desenvolvimento organizacional. Por outro lado, estes jovens têm espírito empreendedor e tem pressa. Querem realizar e buscam resultados imediatos que possam somar ao seu currículo. São conectados e ávidos por trabalho colaborativo, em rede, na mais explícita aplicação do vem a ser intraempreendedorismo.

 Felizmente, embora ainda sob gestão de executivos da geração X, as empresas parecem ter se dado conta da imensa energia e pragmatismo de que dispõe a turma da Y. Percebem que a mudança na sociedade e no comportamento dos jovens se generalizou e é progressiva e, portanto, estão agora buscando superar suas próprias amarras e seu conservadorismo para se aproximar, ouvir e dar mais liberdade a nova geração, canalizando suas forças aos interesses da empresa. Estes são presságios de avanço na nossa ultrapassada cultura de gestão de pessoas.

Por Airton Cicchetto. Engenheiro, mestre em administração de empresas e idealizador do modelo SCG – Simples Complexo Gerencial – Simplificando a Gestão.  

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