Quem somou muitas dívidas e está a poucos meses de entrar para a lista de 57 milhões de inadimplentes divulgada em agosto deste ano pela Serara Experian, precisa tomar algumas medidas urgentes.

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Para conseguir equilibrar o orçamento é necessário descartar um dos objetos para quitar todas as outras prestações. “É um remédio amargo, mas é a melhor maneira de sair do vermelho. Dê sempre prioridade de corte às prestações com os maiores juros e controle essa situação antes que os problemas fiquem maiores, já que com o nome sujo não é possível solicitar aumento de crédito para quitar os gastos”, explica o consultor financeiro e CEO do MoneyGuru (primeiro facilitador para aquisições de serviços na internet), Stanlei Bellan.
Outra sugestão é tentar consolidar uma dívida. “Já tem um bem próprio como uma casa ou um carro? Refinancie a propriedade e use o dinheiro para quitar as dívidas”, sugere o CEO. O refinanciamento funciona como um empréstimo pessoal onde a garantia de pagamento é a propriedade oferecida e muitas vezes é a melhor maneira de pegar dinheiro emprestado sem os juros abusivos de um empréstimo padrão. “Enquanto um empréstimo pessoal no banco pode sair por 3,2% ao mês, o refinanciamento chega a 1,5% ao mês”, afirma Stanlei.
Após o refinanciamento, todas as parcelas devem ser reunidas em uma só. “Uma vez as parcelas diminuídas, pagando menos do que o limite do orçamento permite, as finanças ficam mais disciplinadas e o custo de vida se ajusta ao bolso e não o contrário”, diz o consultor financeiro.
A desculpa do “eu ganho pouco” tem que ficar temporariamente de lado e deve-se trabalhar a verdade: o “eu gasto muito”. “Os gastos, resolvemos no curto prazo, cortando-os. Já os ganhos só serão resolvidos no longo prazo, trabalhando mais e melhor e escolhendo investimentos mais adequados. Uma pessoa só cresce financeiramente se souber usar o dinheiro que recebe”, finaliza Stanlei.