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Conheça os benefícios do compartilhamento de produtos

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Foto: Reprodução

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Por dois séculos, toda a questão da indústria gira em torno da produção de mais bens e veja o estrago que causou ao planeta.

Mas há um futuro econômico alternativo. A tecnologia vai nos permitir fazer algo que parece ser impossível: viver melhor, produzindo menos. A chave é otimizar tudo e novas empresas como a Airbnb e a Internet of Everything estão mostrando como isso pode funcionar.

Este tipo de otimização pode ter um enorme impacto sobre o meio ambiente, a ponto de os líderes mundiais precisarem se atentar a essas questões. Em abril, o Painel Intergovernamental da ONU sobre Mudança Climática (IPCC) publicou um relatório terrível sobre o aquecimento global.

Pessoas de todos os lugares novamente apresentaram suas propostas sobre políticas de emissões e energia alternativa; embora nenhum deles tenha sugerido alguma tecnologia encorajadora que transforme a maneira como a sociedade pensa sobre o consumismo e a indústria.

A Airbnb recebe muita publicidade para o seu papel na economia de compartilhamento. Você tem espaço extra em sua casa ou apartamento? Essa empresa fornece um mecanismo para que você alugue para os viajantes, por exemplo. O CEO, Brian Chesky, acha que devemos enxergar uma implicação mais ampla de seu serviço.

Novos hotéis são construídos com base na demanda de pico, então uma cidade pode obter um crescimento quando, por exemplo, abriga uma grande convenção. O resto do tempo, seus hotéis podem ficar vazios.

A Airbnb cria um acordo com a indústria de hospitalidade em uma cidade para que, durante a demanda de pico, a demanda de hospedagem chegue às casas das pessoas. Assim não é necessário construir grandes hotéis, o que promove o uso de menos capital, energia e material. A cidade otimiza o que já tem em vez de produzir mais.

Outro exemplo de otimização é o projeto da ZocDoc. Um dos resultados é que os pacientes podem encontrar horários disponíveis em consultas médicas – por cancelamento ou não comparecimento – preenchendo a agenda dos médicos e permitindo que o mesmo número de médico atenda mais pessoas.

O CEO da ZocDoc, Cyrus Massoumi, chama de “fornecimento de cuidado de saúde negado”. Mais uma vez, isso permite que a sociedade faça mais com o que já existe, em vez de construir ou alugar outro escritório médico.

Estas são apenas fragmentos de uma  tendência de otimização. Estamos cada vez mais otimizando as coisas ao nosso redor. Serviços de Internet, como  o Lyft, RelayRides e Zipcar otimizam o uso de carros.

O tempo médio que um carro de um único proprietário fica estacionado é de 23 horas por dia. Na verdade, em parte graças à partilha de automóveis, as vendas de automóveis nos EUA parecem ter atingido o pico em 2008.

A Internet está abrindo maneiras de otimizar vários produtos: bicicletas, ferramentas, processadores de alimentos, máquinas de costura, ainda que você use gravata duas vezes por ano.

Na onda emergente da conectividade, um chip em seu liquidificador vai contar a rede quando esse item está inativo e pronto para ser alugado ou emprestado. Sem necessidade de intervenção humana.

Esta não é apenas uma história de inovação tecnológica. Só porque a tecnologia facilita, isso não significa que as pessoas vão abraçá-la, embora cada vez mais pessoas em todo o mundo estão adotando o compartilhamento de produtos.

Talvez elas estejam agitadas por preocupações com o clima, ou pela economia dos últimos seis anos. “Há uma mudança de paradigma em curso sobre o que significa ter um carro, uma bicicleta, um eletrodoméstico, um livro, um filme ou uma peça de roupa”, escreve o ativista brasileiro Pablo Barros.

“O valor de um produto está começando a ser visto em termos de seu uso, não em sua propriedade imediata, conforme os modelos tradicionais de consumo.”

© 2014, Newsweek.

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