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Dia da Mulher. Denuncie a violência sexual

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Para o Conselho Regional de Serviço Social do Estado de São Paulo, a igualdade da mulher será conquistada por meio de mudanças na sociedade.

Hoje é o Dia Internacional da Mulher. Data criada para renovar a luta por direitos iguais, com o fim de debater políticas públicas, ações da sociedade, preconceitos e paradigmas. Porém, os números de violência sexual contra mulheres ainda é alarmante.

Para a assistente social e presidente do Conselho Regional de Serviço Social do Estado de São Paulo (CRESS-SP),Eloisa Gabriel dos Santos, ainda há muito o que mudar para a mulher conseguir igualdade. “A sociedade brasileira, profundamente marcada pela reprodução da desigualdade social, também se caracteriza pela reprodução da desigualdade de gênero, fundada que está no machismo e no patriarcalismo”, afirma Eloisa.

Violência

Pesquisa inédita recentemente divulgada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que uma em cada 14 mulheres do mundo já foi agredida sexualmente por alguém que não era seu companheiro. No Brasil, esse índice chega a 8,3%. Países como Argentina e Uruguai têm incidência de 1,9%.

Ainda segundo a presidente do CRESS-SP, os altos índices desse tipo de violência contra a mulher são reflexo de uma questão cultural no País. “Avalio que existe uma cultura machista muito forte em nossa sociedade, em que nós, mulheres, somos consideradas uma propriedade para alguns homens, que acham que têm o direito de dispor sobre nossos corpos da forma que bem querem. Também avalio que temos no código penal uma punição pouco divulgada pelo poder público, pouco trabalhada na sociedade”, afirma.

Proporcionar educação desde a infância é uma alternativa para prevenir crimes como esse. “O Brasil precisa ter uma política de prevenção que eduque nossos jovens, desde a alfabetização, para se criar uma cultura. Além disso, esse tema deve deixar de ser tabu em nossa sociedade, e que possam ser divulgadas as penalidades e haja por parte do poder público ações concretas de combate, como ações de caráter preventivo e educativo”, afirma Eloisa.

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