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Estado de São Paulo realiza 50 mil cirurgias plásticas por mês

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Foto: Wikimedia

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A SBCP-SP (Regional São Paulo – Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica) realizou uma pesquisa com 378 cirurgiões plásticos no estado de São Paulo, entre abril e maio deste ano, e constatou que são feitas cerca de 50 mil cirurgias plásticas por mês no Estado de São Paulo. O levantamento mostra tendências da área, como os procedimentos mais procurados, o aumento no tamanho das próteses de silicone e as principais dificuldades dos pacientes após a cirurgia.

“É uma pesquisa importante para melhorar nosso entendimento sobre a realidade da cirurgia plástica em São Paulo. Com esses dados, podemos visualizar os desejos e as dificuldades dos pacientes, além de compreender melhor quais são as tendências para um futuro próximo”, afirma o cirurgião plástico Dr. Fernando de Almeida Prado, presidente da SBCP-SP e idealizador do levantamento.

Lipoaspiração é a cirurgia mais procurada
A retirada de gordura localizada é o pedido mais frequentes em consultórios de cirurgiões plásticos em São Paulo, junto com as plásticas de abdômen. Ambos foram indicados por 94% dos médicos entrevistados como os procedimentos mais realizados. “É fundamental lembrarmos que a lipoaspiração serve para melhorar o contorno corporal, retirando gordura localizada. Ela não é uma cirurgia para emagrecer. Quem quer perder peso deve fazer dieta e exercícios, com orientação adequada”, ressalta o Dr. Almeida Prado.

A lipoaspiração é mais realizada por mulheres com idade média de 32 anos, segundo 95% dos cirurgiões. O procedimento está entre os que mais cresceram nos últimos cinco anos, com 32% de aumento. “O desejo de ter um corpo bonito, seja magro ou esculpido por exercícios em academias, sempre levou pacientes à lipoaspiração. Hoje, o aumento da procura se deve também ao aumento do poder aquisitivo no Brasil”, avalia o presidente da SBCP-SP.

Mamoplastia (88%), Prótese de silicone (86%), Plástica de nariz (74%), plástica de pálpebras (70%), rejuvenescimento facial (69%), redução de orelhas (60%) e ginecomastia (57%) aparecem logo na sequência da lista de plásticas estéticas mais realizadas no Estado de São Paulo.

Prótese para implante mamário atinge 500 ml
O tamanho médio das próteses para implante mamário é de 300 ml, mas os médicos afirmam que pedidos de implantes maiores, de até 500 ml, estão cada vez mais frequentes. “Quando fiz minha residência médica, há 20 anos, a maioria das próteses nem chegava a 200 ml. Hoje, chega a ser difícil encontrar desse tamanho”, diz o Dr. Almeida Prado.
Implante de silicone nas mamas é o tipo mais frequente de implante, segundo 98% dos médicos entrevistados. O procedimento também teve crescimento expressivo nos últimos cinco anos, de 41%. “A mulher brasileira está, cada vez mais, incorporando um padrão estético popular nos Estados Unidos. Hoje, existe também um desejo de ter seios em evidência”, afirma o presidente da SBCP-SP.

Gluteoplastia cresceu 60% 
A gluteoplastia também está em alta. Ela foi a cirurgia plástica estética com maior percentual de crescimento (60%) nos últimos cinco anos e aparece em segundo lugar entre os implantes mais realizado. Suas próteses têm em média 300 ml, sendo a maior de 500 ml. “Esse ainda é um procedimento relativamente novo, que muitos cirurgiões preferem não realizar. Mas esse crescimento expressivo sugere que ela deva se consolidar como um dos implantes mais realizados do país”, afirma o presidente da SBCP-SP.

Classe B representa 48% dos pacientes
O levantamento mostra que 48% dos pacientes pertencem à classe B, enquanto 25% pertencem à classe A e outras 25% à classe C. Para as classes D e E, a pesquisa mostra 1% para cada. “Com o crescimento da procura, é fundamental lembrarmos que o paciente deve buscar um médico qualificado”, alerta o Dr. Almeida Prado.

Câncer de pele e sequelas da obesidade
Se considerado o recorte das cirurgias plásticas reparadoras, passam a liderar o ranking os procedimentos para danos causados pelo câncer de pele e para sequelas da obesidade. O primeiro é apontado por 69% dos médicos, enquanto o segundo por 44%. “O câncer de pele é o mais incidente no país e, ao ser removido cirurgicamente, pode ter os danos minimizados por cirurgiões plásticos”, afirma o Dr. Almeida Prado.

Obesidade e sobrepeso, por sua vez, avançam no país e já acometem quase 60% dos brasileiros. Como o excesso de peso provoca uma série de doenças, como diabetes, hipertensão e problemas cardiovasculares, muitos recorrem a dietas restritivas e cirurgia bariátrica, que provocam perdas expressivas de peso. “Esse paciente nos procura para retirar o excesso de pele e, muitas vezes, para melhorar a expressão do rosto. A perda acentuada de gordura na face pode deixar a pele ligeiramente caída, o que confere uma aparência de idade avançada e cansaço”, explica o cirurgião plástico.

Uso de toxina botulínica aumentou 53%
Cerca de 85% dos cirurgiões plásticos afirmam realizar aplicações de toxina botulínica, usada contra marcas de expressão e contra suor excessivo. Destes, quase 90% afirmam que a procura aumentou nos últimos cinco anos, com aumento médio de 53%. Além disso, o uso de preenchedores aumentou 46% e 37% dos cirurgiões plásticos afirmam que realizam remoção de tatuagens. “A toxina botulínica é um procedimento atraente por ser minimamente invasivo e não ter os efeitos permanentes. Existem cada vez mais opções de tratamentos, que podem ser realizados até de forma preventiva, antes das marcas de expressão surgirem. Contudo, é importante procurar um profissional qualificado, caso contrário o resultado pode não parecer natural”, alerta o cirurgião plástico.

Pacientes reclamam de dor e cicatriz 
O levantamento também revela as principais reclamações dos pacientes. A dor pós-operatória e as cicatrizes são as mais recorrentes. “Isso mostra que é preciso melhorar o diálogo com o paciente. Apesar de ser uma intervenção para fins estéticos, a cirurgia plástica não deixa de ser uma cirurgia e implica num período de recuperação. É preciso estar ciente e preparado para isso”, alerta do presidente da SBCP-SP.

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