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Além de ser indolor e menos invasiva, a elastografia avalia uma área do fígado, pelo menos, 100 vezes maior do que a biópsia é capaz de analisar.
Aproximadamente 30 a cada 10 mil moradores de Cuiabá são diagnosticados com hepatite, a principal causa da cirrose hepática. Os dados oficiais mais recentes do Ministério da Saúde apontam que há no Brasil cerca de 1,5 milhão de infectados pelo tipo C da doença. Por ano, são notificados mais de 33 mil novos casos de hepatites virais no País.
Dr. Oswaldo Pereira Ribeiro Jr., médico radiologista do laboratório Cedic Cedilab, esclarece que as inúmeras doenças que podem afetar o fígado, entre elas, a hepatite, são muitas vezes, assintomáticas nas fases iniciais, levando ao diagnóstico tardio. “Por isso é crucial fazer um teste mais específico, como a elastografia hepática, que avalia os diferentes graus de fibrose até o grau máximo da lesão, que é a cirrose”, explica.
Este método de exame é incorporado à ultrassonografia, para avaliar a elasticidade de um órgão ou tecido. A análise é feita por meio da propagação de ondas elásticas de baixa frequência. “Quanto mais duro o tecido, maior será a velocidade da onda. Sabendo-se que os tecidos normais são mais macios do que o tecido fibrosado ou tumoral, podemos avaliar e quantificar as diferenças encontradas em várias enfermidades”, destaca o especialista. Ele comenta que o Cedic Cedilab é o primeiro do Mato-Grosso a disponibilizar essa tecnologia.
Dr. Oswaldo acrescenta que na técnica antiga, o diagnóstico só era possível por meio de uma biópsia agressiva e invasiva. Além de possíveis complicações que atingiam até 5% dos casos, como sangramento ou mesmo vazamento da bile, a informação fornecida pelo procedimento não representava o fígado como um todo. “A ciência caminha no sentido da melhora na qualidade de vida das pessoas. A possibilidade de se examinar um órgão ou tecido sem tocá-lo ou, de algum modo agredi-lo, é muito benéfica ao médico e ao paciente”, observa.
A elastografia hepática avalia em, aproximadamente, 10 minutos, sem dor e sem grandes preparos como o jejum, uma área do fígado, pelo menos, 100 vezes maior do que a biópsia é capaz de analisar. “A elastografia está sendo aperfeiçoada para substituir totalmente as biopsias hepáticas e outros exames menos eficientes”, reforça o médico radiologista do laboratório Cedic Cedilab.