Freddie Mercury
Freddie Mercury
Dono de uma voz inconfundível, Farrokh Bulsara, conhecido como Freddie Mercury, nasceu no dia 5 de setembro de 1946, em Zanzibar, na época uma colônia britânica, localidade que hoje faz parte da Tanzânia, Na África Oriental. Foi cantor, compositor e pianista britânico mundialmente reconhecido pelo seu talento.
Filho de Bomi e Jer Bulsara, Freddie começou a frequentar a St. Peter Boarding School aos oito anos, uma escola inglesa para garotos em Bombaim, onde aprendeu a tocar piano e começou a se aventurar pelo universo musical. Sua família havia se mudado para a Índia para que o pai de Freddie conseguisse manter o emprego no Banco Colonial Inglês. Nesse mesmo período, nasceu Kasmira, sua irmã.
Foto: Wikimedia
Aos doze anos, Freddie começou uma banda, chamada The Hectics, com a qual se apresentava nos eventos da escola, cantando músicas de artistas como Cliff Richard e Little Richard.
Em 1963, Zanzibar, sua ilha natal, tornou-se independente. Logo após, em 1964, o local estava prestes a enfrentar uma revolução liderada pelo partido africano, época em que sua família se mudou para a Inglaterra, por motivos de segurança.
Freddie se formou em design gráfico e artístico na Ealing Art College, em Londres. Seus conhecimentos seriam aplicados depois quando projetou o símbolo da banda Queen. Na faculdade tornou-se amigo de Tim Staffell, vocalista e baixista da banda Smile, e conheceu os demais componentes Brian May e Roger Taylor, que vieram compor o grupo mais tarde.
Foi no grupo Smile que Freddie desenvolveu o interesse em fazer parte de uma banda de rock. Até ficar mundialmente famoso, ele passou pelas bandas Ibex, Sour Milk Sea e Wreckage.
As coisas mudaram quando Tim Staffell resolveu deixar o Smile para formar uma nova banda. Freddie, por sua vez, não hesitou em nenhum momento em se unir a Brian e Roger.
Pouco antes do lançamento do primeiro disco já no grupo Queen, ele decidiu mudar seu sobrenome para Mercury. Em 1970, Freddie conheceu Mary Austin, gerente de uma butique, no bairro de Kensington, e os dois começaram a namorar no ano seguinte. O relacionamento durou até o final da década de 70, quando Freddie assumiu ser bissexual, mas ambos mantiveram uma forte amizade.
Ainda fazendo parte do Queen, Freddie Mercury lançou alguns trabalhos solo como os LPs Mr. Bad Guy, em 1985, com a diva Montserrat Caballé, em Barcelona, em 1988, e o musical Time, de David Clark.
O cantor sempre foi aficcionado por balé e até realizou uma apresentação beneficente, dançando Bohemian Rhapsody, com o Royal Ballet, em 1979.
Presente na memória de quem acompanhou a banda e pelos que até hoje nutrem uma admiração por Freddie, as canções Bohemian Rhapsody, Love of my Life, March of the Black Queen, Crazy Little Thing Called Love, We are the Champions e Barcelona compõem uma lista especial do repertório interpretado pelo cantor.
Encantando multidões com seu timbre único e seu visual exótico, Freddie envolvia o público nos shows e se tornou, com a banda, um sucesso nas turnês na década de 1970, lotando estádios do mundo inteiro até os anos 1980.
Em 1991, depois de ficar muito doente, surgiram boatos de que Freddie seria portador do vírus da AIDS, fato que se confirmara por meio de uma declaração feita por ele mesmo em 23 de novembro, um dia antes de morrer.
Freddie faleceu em sua casa no dia 24 de novembro de 1991, vítima de broncopneumonia, agravada pela AIDS. Seu falecimento causou comoção em muitos países, inclusive no Brasil.
O corpo de Freddie Mercury foi cremado e suas cinzas jogadas na margem do Lago Genebra, na Suíça.
Em 25 de novembro de 1996, em Montreux, na Suíça, cidade adotada por ele como seu segundo lar, foi colocada uma estátua de três metros de altura em sua homenagem. A cerimônia contou com a presença de milhares de pessoas, dentre elas Brian May, a cantora Montserrat Caballé, Roger Taylor, seus pais e sua irmã Kasmira.
Os membros remanescentes da banda Queen fundaram uma associação de caridade chamada The Mercury Phoenix Trust, e organizaram, em 1992, o concerto The Freddie Mercury Tribute Concert, no Wembley Stadium, para homenagear o amigo e cantor.
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Amanda Cordeiro. Editora Assistente do The São Paulo Times. É estudante de Jornalismo, instrutora de inglês e atualiza a sua coluna Biografias todas as quintas-feiras. © 2014
