Os papos sobre homens que eram sucesso entre as rodas de mulheres ganharam maior abrangência com o auxílio da tecnologia. Com mais de 5 milhões de visitas, 100 milhões de perfis visualizados e 1 milhão de avaliações, o aplicativo Lulu foi a maior tendência dentro do universo feminino em 2013, conforme dados da Luluvise, empresa responsável pelo projeto.
O app permite que mulheres avaliem os homens que fazem parte de sua rede no Facebook com notas e também características predefinidas em forma de hashtags, como #RespeitaAsMulheres e #ApaixonadoPelaEx.
Apesar das polêmicas envolvidas com esta mecânica de avaliação, a ferramenta foi aprovada por grande parte dos usuários e continua em implantação no Brasil, com previsões de avanço para algo ainda maior, de acordo com a executiva-chefe da companhia e criadora do Lulu, a jamaicana Alexandra Chong, 32. Algumas das hashtags denunciadas pelos participantes e que não estavam de acordo com o sentido correto da tradução feitas em português foram retiradas do ar.
“Ei cara, você é um cara!” – esta é a mensagem que aparece caso um homem tente acessar o app. Isso porque o Lulu não é um clube onde eles participam, mas aqueles que tentarem entrar poderão apenas visualizar algumas informações limitadas ao público masculino, como ver quantas mulheres visualizaram seu perfil e marcaram-no como favorito, ver resultados de enquetes com usuárias do app, pedir que amigas o avaliem e adicionar fotos e hashtags ao seu perfil.
Clube do Bolinha
Alexandra afirmou que nunca criaria uma versão do projeto voltada para homens, mas que daria total apoio a quem quisesse fazer algo similar para o público masculino. Assim, em resposta ao Lulu, um grupo de brasileiros de Indaiatuba (SP) lançou em dezembro o Clube do Bolinha, também em forma de app. Ambas criações usam como referência à série de quadrinhos e desenho animado “Luluzinha”, além de também aplicarem a mesma mecânica de respostas com notas e características pessoais para cada perfil.
O Clube do Bolinha, disponível inicialmente para o sistema Android, permite adicionar atributos aos perfis de mulheres que fazem parte da rede de cada usuário. Diferentemente do Lulu, que restringe a visualização das opiniões às mulheres, homens e mulheres podem verificar as avaliações e o que foi dito sobre um perfil.
A guerra dos sexos teve início. Agora cabe a cada um utilizar e interpretar as dicas da forma que melhor lhe agradar, porém, aos que se sentirem ofendidos por algum motivo, é importante dizer que ambos os aplicativos permitem a remoção do perfil e, aos homens que quiserem, que pensam em melhorar sua reputação e estão dispostos a pagar por isso, vale a pena fazer a busca pelo Lulu Fake, um sistema simpático que reúne mulheres que podem levantar a sua estima.
Update:
Nova política de uso do Lulu no Brasil
O aplicativo Lulu anunciou duas mudanças na ferramenta exclusivas para o País. A partir do dia 16 de dezembro, somente homens que optarem por participar do do aplicativo serão avaliados. Os comentários publicados anteriormente serão ocultados. Além disso, o Lulu permitirá até o Natal que os homens tenham acesso à sua nota na brincadeira, informação até agora estava disponível apenas para mulheres. A empresa afirma que a mudança não se deve aos processos levantados na justiça, mas sim pelo sucesso da marca nacionalmente.
© 2013, The São Paulo Times, por Kaique Oliveira.