Hillary Clinton não voltou atrás por sua comparação do movimento militar da Rússia na Ucrânia com as ações realizadas pela Alemanha nazista na década de 1930.
Clinton discursou na UCLA – Universidade da Califórnia em Los Angeles -, um dia depois de ter mencionado o líder nazista durante uma discussão em um evento privado na Califórnia sobre a Ucrânia, para onde Moscou recentemente enviou tropas. A ex-secretária de Estado disse: “O que eu disse ontem é: as reinvidicações do presidente Vladimir Putin e outros russos tiveram que ir para a Crimeia, talvez ainda mais para leste da Ucrânia, porque tinham que proteger as minorias russas, são reivindicações semelhantes às da década de 1930”, explicou Hillary.
“Quando a Alemanha estava sob o controle nazista, eles continuaram a falar sobre como proteger a minoria alemã na Polônia, na Tchecoslováquia”. Antes de falar um pouco da história da Ucrânia e do desmantelamento da União Soviética, Hillary acrescentou:
“Eu só quero que todos tenham um pouco de perspectiva histórica. Eu não estou fazendo comparações, mas recomendo que talvez possamos aprender com esta tática que foi usada antes”.
Enquanto isso, Clinton tinha coisas boas a dizer sobre a forma como o governo de Barack Obama está lidando com a crise.
“Eu tive muita experiência, bem, não só com ele, mas as pessoas gostam disso”, disse Hillary quando a plateia riu.
Quanto aos possíveis próximos passos na Ucrânia, Clinton disse que “uma resposta inteligente”, envolvendo países europeus, especialmente na Alemanha, é necessária.
Clinton também abordou temas que vão desde direitos dos homossexuais – que lhe permitiram oferecer outro golpe contra a Rússia – até a ordem em que as primárias presidenciais devem ser realizadas. “Bem, esse é o terceiro trilho da política americana”, disse Clinton, quando perguntaram o que ela iria reformar no processo de indicação. “É realmente um processo cansativo, e nós temos este sistema híbrido que funciona melhor para algumas pessoas do que outras, dependendo de seus talentos. Eu não sei como seria um sistema perfeito”.
Mencionando sua candidatura presidencial em 2008, Clinton continuou: “Eu perdi em Iowa, e as pessoas disseram: ‘OK’, acabou”. “Então eu ganhei em New Hampshire, surpreendendo muita gente. É um conjunto de circunstâncias difíceis até para quem está disposto a suportá-lo. É complicado saber o que funciona melhor”.
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