Dados são da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (Sbpc). Principais procuras são por aumento da mama, correção de flacidez e assimetria
Seja para dar simetria, volume, diminuir a flacidez ou apenas melhorar a autoestima, a cirurgia de implante de silicone nos seios é considerada o segundo procedimento estético mais procurado no País, segundo dados de 2011 da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (Sbcp). Para Tiago André Ribeiro, médico cirurgião plástico, entre os fatores que levam as pacientes ao consultório, a hipomastia – que é a diminuição acentuada da mama – e os casos de flacidez pronunciada, conhecida como ptose mamária, estão entre os problemas que podem ser resolvidos com o implante de silicone. “Os transtornos emocionais em momentos íntimos ou o constrangimento em determinadas atividades do dia são reclamações comuns de pacientes que apresentam esses problemas”, explica Ribeiro.
O procedimento
A cirurgia para o implante de silicone nos seios é considerado um procedimento cirúrgico simples, já que dura em média entre uma a três horas, com anestesia local ou geral e internação de 24 horas. “A paciente também deve decidir com o cirurgião qual a melhor técnica a ser usada: corte abaixo da mama, pelas aréolas ou pelas axilas, que varia em cada caso”, salienta.
Quanto ao tamanho do implante, o tipo físico da paciente deve ser levado em consideração, pois caso a prótese seja muito grande para o restante do corpo, a naturalidade do seio é afetada. “Outros fatores que influenciam na escolha do tamanho é o formato do tórax da paciente, se é magra ou mais encorpada, se tem muita ou pouca mama e a altura”, orienta.
Pós-operatório
A recuperação da cirurgia dura, em média, 60 dias. No primeiro mês, a paciente deve dormir de barriga para cima, para evitar que o inchaço – comum após o implante – fique irregular e influencie no resultado final. “O cuidado nos primeiros 30 dias é essencial para que os seios fiquem do mesmo tamanho”, explica Ribeiro.
Carregar peso, praticar atividades físicas e dirigir devem ser evitados nas quatro primeiras semanas, bem como levantar os braços, que pode causar dor e deslocamento da prótese. “Pegar sol também é proibido nos dois primeiros meses, porque podem deixar manchas na pele”, orienta.
Após este prazo, as atividades podem ser regularizadas e as visitas ao médico devem ser feitas mensalmente, para que o profissional possa acompanhar o resultado final da cirurgia e detectar possíveis problemas.
Quem não pode?
Para realizar o procedimento do implante mamário, não há restrição de idade, porém a mulher deve ter o corpo completamente desenvolvido, o que geralmente ocorre após os 18 anos. “As condições físicas da paciente são avaliadas para saber se ela está apta ou não para o procedimento, mas há casos em que problemas de saúde, como doenças imunológicas, também impedem o implante”, expõe o cirurgião.
Mulheres com histórico familiar de câncer de mama devem ser bem “investigadas” e a indicação da cirurgia deve ser discutida também com o médico mastologista ou com o profissional onco cirurgião. Portadoras de doenças como artrite reumatoide, esclerodermia e lúpus, também merecem maior atenção, conforme explica Ribeiro. “Caso ocorra alguma complicação no pós-operatório, como quando os tecidos que envolvem os seios se contraem ou no rompimento do implante, portadores de doenças imunológicas podem ter infecções e precisarem de outro procedimento”, finaliza o cirurgião.