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Impressione-se com o maior cajueiro do mundo!

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Impressione-se com o maior cajueiro do mundo!

Esqueça tudo o que você já viu sobre árvores, essa é maior que um campo de futebol, ocupa um quarteirão inteiro bem no meio da cidade, dá 2 toneladas de fruto… e não pára de crescer!

Em Pirangi do Norte, região litorânea a 12km de Natal – RN, está o maior cajueiro do mundo. Estima-se que ele tenha sido plantado em 1.888, por um pescador que era proprietário do terreno ou por animais que, para se alimentar, enterram as castanhas.

A árvore tem 8.500 metros quadrados de copa, produz (sozinha) 2 toneladas de caju por ano (uma média de 70 mil frutos), foi registrada no Guiness World Records como a maior árvore frutífera e tornou-se uma espécie de bosque, onde é possível passear por entre os galhos entrelaçados.

Os frutos não são explorados por nenhuma instituição, servem apenas para os visitantes se deliciarem gratuitamente, podendo até levar alguns para casa. Sendo assim, a melhor época para visitar o cajueiro é durante o período da safra, que vai de agosto a janeiro, embora ele seja impressionante durante o ano inteiro.

E porque cresce tanto? 

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Duas anomalias na genética da semente fizeram com que o cajueiro não parasse de crescer. A origem da semente é natural e nunca se conseguiu reproduzir a anomalia, nem com os frutos da própria árvore, nem em laboratório. Apesar de florescer e frutificar, não há transmissão de herança genética gigante para outras sementes, o que a tornou única em sua espécie. O crescimento, diferente das outras árvores do gênero, se dá para as laterais e não para cima. Por causa dessa disfunção, os galhos não suportam o próprio peso e viram-se para baixo. E aí começa a segunda anomalia: ao tocar o solo, os galhos criam raízes e crescem mais, dando a impressão de ser uma nova árvore. Porém, devido a superficialidade dessas novas raízes, os galhos adicionais apenas auxiliam na alimentação da mesma, sendo todos dependentes do tronco principal.

Atualmente o cajueiro é formado pelo tronco e mais cinco galhos base. Somente um deles não sofreu anomalia e deixou de crescer quando chegou ao solo. Os moradores locais o chamam de “Salário mínimo”. Como esse processo é contínuo, o cajueiro não para de aumentar e seu principal atrativo tornou-se o maior problema: a árvore está ultrapassando os limites de sua área e invadindo o trecho urbano.

Cortar ou não cortar? Eis a questão! 

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A pista da Rota do Sol, que fica ao lado do cajueiro, estava sendo invadida pela árvore, causando trânsito em horários de pico e gerando risco de acidente. E os habitantes estão divididos: poda ou não poda?

Calcula-se que ele poderia chegar de 30 a 40.000 metros quadrados, se houvesse espaço. Isso preocupa os moradores vizinhos, que temem perder suas propriedades caso a árvore não seja podada.

Em 2.012, foi inaugurado o caramanchão na Av. Deputado Márcio Marinho, para suspender os galhos por cima da avenida. Isso só foi possível porque essa parte do cajueiro poderia ser podada sem prejudicá-lo.

Por outro lado, a lateral da árvore que se direciona para outras duas avenidas não pode ser podada, pois compromete a vida do cajueiro, o que seria um grande prejuízo não só econômico devido ao turismo, mas principalmente ambiental. Estuda-se uma forma de desapropriar os imóveis da área, assim como rotas alternativas para desviar o trânsito, para deixar a árvore crescer e construir em seu entorno o Complexo Turístico do Cajueiro.

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Dicas 

Toda uma estrutura foi criada “embaixo” e ao redor do cajueiro, como caminhos sinalizados, banheiros, feirinha de artesanatos e comidas baseadas no caju, além de um mirante de onde é possível ver e fotografar o cajueiro inteiro do alto. Há também guias que falam inglês e espanhol de plantão.

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De qualquer hotel em Ponta Negra (Natal) é possível ir até o cajueiro de ônibus comum, que passa pela via costeira (onde estão os hotéis) e para bem próximo à atração turística, na Rua do Cajueiro. Além de impressionante, o cajueiro é abrigo para uma espécie de sagui que, quando tem filhotes, vira uma atração à parte. Dedique um tempo para sentar e observá-los brincando, aproveite o ambiente agradável, pois é divertido e relaxante.

 

 

 

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Claudia Giron Munck é Publicitária, Relações Públicas, especializada em Marketing e Mídias Digitais. Atua na área de Comunicação do Sesc SP e é Coordenadora Editorial da Revista Gente Nova.

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