
Meio amor
Para bom entendor, meio amor não basta.
Assim como não basta meio sorriso,
meio abraço,
meio beijo,
meio ensejo,
meio sonho.
Como não bastam também meias calças,
meias taças,
meias bocas,
meias culpas,
meio tempo.
Simplesmente não basta.
Nunca basta.
Porque um copo meio cheio, por mais cheio que esteja em sua metade, ainda é meio copo. E um coração meio cheio não deixa de ser um coração meio vazio.
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Henrique Rojas – mas pode chamar só de “Rôrras” – é redator, palmeirense, paulistano e um observador nato de pessoas. ©2014.