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O otimismo do consumidor brasileiro e os novos rumos do varejo

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Semana passada foi divulgada uma pesquisa anual sobre o comportamento do consumidor de nove países emergentes, conduzida pelo Credit Suisse e pela Nielsen. Nela aponta-se o consumidor brasileiro como o mais otimista dentre os países pesquisados.

O percentual de consumidores brasileiros que espera uma melhora em sua situação financeira nos próximos seis meses é de 58%. Apesar de ser o mais alto entre os países emergentes, vem apresentando sinais de queda, pois este percentual já foi de 63% no ano passado.

Essa redução de curto prazo no otimismo pode ser resultado da expectativa de crescimento inflacionário (10% para 40%) dos pesquisados, e tem impacto direto no comportamento do consumidor brasileiro. Ainda segundo a pesquisa, a expectativa de gasto não essencial continua alta, mas parou de crescer. Os brasileiros estãoagora mais focados no consumo de itens cotidianos, como roupas, do que de coisas maiores, como casa e carro.

Desta forma, podemos concluir que o consumo está sendo direcionado para bens não duráveis e de alto giro, o que pode ser muito bom para um determinado segmento do varejo brasileiro, e para tanto é importante estar muito bem preparado para este momento.

Claro que com a estabilidade econômica no país, e com a inserção de uma enorme parcela de pessoas no consumo nas últimas décadas, o comportamento do consumidor vem mudando sensivelmente, uma vez tambémnque um maior número de pessoas passou a ter acesso a produtos e serviços que não tinham no passado. Esse consumo foi fortemente impactado de forma positiva como bens móveis e imóveis, duráveis e não duráveis, serviços, viagens, assim como tantos outros segmentos.

De acordo com a pesquisa mencionada, estamos entrando em um momento de maior incerteza em relação a perspectiva econômica, e consequentemente o consumidor deixa de fazer compromissos de prazo mais longo, focando suas compras em produtos de necessidades primárias e secundárias.

Se pensarmos nas necessidades da pirâmide de Maslow, onde as pessoas buscam primeiramente satisfazer suas necessidades primárias e depois as de _status_ e de auto-realização, podemos dizer que o consumidor está descendo alguns degraus em sua pirâmide de consumo. Obviamente que ainda assim buscará satisfazer suas pequenas indulgências, e isso é extremamente positivo para os segmentos de varejo que trabalham com categorias que atendem a satisfação de produtos de alto giro que supram a estas necessidades.

A tendência então é de termos o consumo mais concentrado nos segmentos de vestuário, cosméticos, alimentos, bebidas e serviços também como entretenimento, viagens, e alguns outros. Sem dúvida alguma que isso não é uma regra absoluta, e sim uma tendência baseada em dados resultantes da pesquisa realizada pelo Credit Suisse e Nielsen, sobre os consumidores emergentes de nove países.

Mas como sabemos, a situação socioeconômica de nosso país, juntando as duas informações pode nos dar uma boa ideia de onde e como atuar junto ao varejo nos próximos meses. Acredito que vale a pena ficar atento!

Marcelo Murin é administrador de empresas com especialização em marketing e sócio-diretor da SOLLO Direto ao Ponto.

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