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O teste de DNA da Mona Lisa

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Investigadores italianos estão prestes a iniciar testes de DNA em ossos que podem pertencer a Lisa Gherardini, uma nobre florentina que pode ser a modelo da famosa pintura de Leonardo da Vinci. E em poucos meses, existirá alguma prova mais concreta sobre a identidade da mulher com o misterioso sorriso que impressiona os admiradores da arte até hoje.

Gherardini, conhecida como Lisa del Giocondo, casou em 1495 com o comerciante de tecidos Francesco Bartolomeo di Zanobi del Giocondo, e segundo investigações, Lisa pode ter falecido no convento Sant’Orsola em torno de 1551.

O historiador Silvano Vinceti vai ser o responsável em realizar os testes de DNA em um esqueleto que pode ser o de Mona Lisa. A equipe pretende testar amostras colhidas a partir de uma ossada encontrada no convento e compará-los com o DNA dos ossos de alguns dos seus parentes, que estão enterrados na Basílica Santissima Annuziata. Vinceti pretende usar o crânio do esqueleto achado no convento para criar uma reconstrução de face gerada por um programa de computador – e com isso, ver se o rosto combina com a pintura de Leonardo Da Vinci.

Segundo Vicente, os resultados da análise devem ficar prontos até maio ou junho.

Lisa del Giocondo deve ter posado para a pintura entre 1503 e 1506 – anotações feitas por um funcionário florentino confirmam que Da Vinci estava trabalhando em um retrato dela nesta época. Alguns acreditam que o seu marido tenha encomendado a pintura para celebrar o nascimento do seu segundo filho.

Mas da Vinci nunca entregou a pintura para o marido de Mona Lisa, Bartolomeo del Giocondo, pois queria dar prioridade aos detalhes. O pintor levou o retrato com ele em suas viagens, trabalhando na pintura até 1517.

O sorriso enigmático de Mona Lisa inspirou uma série de teorias ao longo dos séculos, tais como: seus dentes foram escondidos por serem pretos devido a um tratamento feito com mercúrio para curar a sífilis, ou que ela sofria de uma paralisia congênita na qual a deixou com as mãos grandes e o rosto totalmente afetado.

Vinceti comparou algumas das características de Mona Lisa às de Salai, também conhecido como Gian Giacomo Caprotti, aprendiz de Leonardo da Vinci e segundo rumores, amante do artista.

“Salai era o modelo favorito de Leonardo”, disse Vinceti numa conferência de imprensa em 2011. “Leonardo certamente inseriu características de Salai na última versão da Mona Lisa.”

Mesmo que o crânio encontrado no convento combine com o rosto da “Mona Lisa”, ainda existirá mistérios que cercam a pintura e seus significados ocultos.

“O pintura do rosto de Mona Lisa deve ser lido em vários níveis, não apenas como um retrato”, conclui Vinceti.

© 2014, IBTimes

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