Os nossos desafios
Os nossos desafios
Sinceramente acabo de chegar dos EUA e fiquei muito bem impressionado como os americanos estão se organizando para ampliar o número de admiradores pelo futebol. Esses caras não brincam em serviço, tudo que resolvem fazer se dedicam e usam tudo o que há de melhor para ultrapassar os desafios. Já sabemos há muitos anos que o futebol feminino no país do tio Sam já era um grande sucesso, mas agora a epidemia está ultrapassando barreiras e o publico masculino começa a olhar para este esporte. Nas lojas, antes poucos se encontravam materiais esportivos e hoje já existem setores exclusivos. Na Copa o recorde na audiência da TV americana e a troca do horário oficial da Casa Branca para assistir a seleção são fatos inéditos. Para falar a verdade comentei com a minha esposa: – “Se esses caras resolverem levar a sério o futebol, o Brasil precisa mais do que nunca se mexer!”
Escrevo sempre com o intuito de colaborar e ajudar os decisores do mercado esportivo. É fácil só criticar e não falar sobre soluções. É verdade quem senta nas cadeiras decisoras dos clubes e federações vivem desafios enormes, tais como, politicas falidas, ausência de investimentos, necessidade de oxigenação de conhecimentos e tantas outras dificuldades. Assisti no Rio no Fórum da FGV uma apresentação do COB e seu trabalho realizado juntamente as federações e atletas de alta performance. Um trabalho que deveria ser replicado para o futebol brasileiro. Com toda certeza realizado por profissionais com ideologias sobre o futuro do esporte brasileiro. Se a CBF e todas as federações não se unirem para ampliar o desenvolvimento do futebol, nosso futuro será mais triste! Precisamos estudar detalhadamente todos os setores que fazem parte do segmento.
Já sabemos que não somos mais os melhores no esporte. O resultado de 7×1 contra a Alemanha foi inédito, mas um retrato de como estamos encarando o nosso país! Agora com todos estes sinais precisamos cuidar melhor do esporte mais amado pelo nosso povo. Arena nova não é sinônimo de publico pagante! Precisamos mudar a forma como lidamos com o futebol e de verdade visitar a Disney para fixarmos um pensamento, depois de uma forte emoção, o consumidor sai dentro de uma loja para comprar um souvenir. E assim precisamos pensar que a nossa receita esta falida e o consumidor opa torcedor está indo embora da nossa loja chamada FUTEBOL. Esse texto não é uma critica e sim um alerta para que profissionais do mercado esportivo, presidentes das Federações, Governo, Estado se unam para estudar e reorganizar o único entretenimento que o brasileiro ama. Isso vale não só para o esporte, mas para educação, para a saúde e tantos outros assuntos. Precisamos colocar o pé no chão e ser realistas que o Brasil é um país que não só está perdendo no futebol, mas em muitas outras áreas. Precisamos iniciar um trabalho sério nas escolas para mudarmos a nossa forma de encarar a vida, os princípios e principalmente trocarmos a nossa individualidade por pensamentos coletivos. Temos muito a fazer ! Termino este curto e importante texto com uma linda frase que li nas capas dos principais veículos de comunicação desta semana: Nós não vamos desistir do Brasil! Eu também não… e você?
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Rodrigo Geammal é Fundador e Diretor Executivo da Elos Cross Marketing, agência de marketing e comunicação 360º graus, que tem o entretenimento e o esporte como conteúdos estratégicos. Autor do livro “O Destino do Passageiro” e coordenador do Curso de Marketing Esportivo da Faap.
