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Parklets: Mais espaço para pessoas, menos espaço para carros

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Parklets: Mais espaço para pessoas, menos espaço para carros

Tem gente que adora criticar São Paulo. Falam que é uma cidade caótica, irrespirável e com poucas áreas de convivência. Reclamam do número cada vez maior de carros na rua, do trânsito cada vez mais complicado e das horas perdidas em deslocamentos cada vez mais lentos.

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Reclamam, reclamam, reclamam e ainda sim, continuam indo e voltando de carro como sempre fizeram, sem se importar com os monóxidos e dióxidos que emitem ou com a sua contribuição para o aumento do caos.

Só reclamar sem agir, não adianta. É preciso arregaçar as mangas e fazer. E você não precisa ser prefeito ou deputado para se sentir responsável por sua cidade. Os parklets estão aí para provar isso.

Pra quem não sabe, o parklet é um espaço de lazer, geralmente instalado em locais antes destinados ao estacionamento de dois carros. Prioriza o convívio das pessoas com um mobiliário composto por bancos, mesas de picnic, floreiras, estacionamento para bicicletas e guarda sóis. Uma espécie de mini praça, junto ao meio-fio das ruas.

Seu conceito surgiu em São Francisco, nos Estados Unidos, e o primeiro no Brasil foi instalado esse ano, aqui em São Paulo. Depois de alguns testes, e um abaixo-assinado feito por moradores e comerciantes para a sua permanência, a Prefeitura finalmente regulamentou o uso.

No último domingo, passei em frente ao parklet da Rua Coronel Oscar Porto, quase esquina com a Rua Abílio Soares, no bairro do Paraíso. Estava rolando uma feira livre e na mini praça, havia uma família na mesa de picnic. Os quatro integrantes comiam pastel com caldo de cana, enquanto conversavam animadamente como se estivessem na própria sala de estar. Um sucesso!

Além de proporcionar espaço verde e conforto aos pedestres, o projeto de baixo custo é um convite aos cidadãos para montarem a sua cidade, já que o regulamento de implantação dos parklets permite que a instalação seja feita por iniciativa de pessoa física ou jurídica.

Sem grandes investimentos – o custo médio de execução é de R$ 70 mil, incluindo manutenção e seguro –, é possível melhorar a cidade e mais do que isso, incluir o cidadão como agente transformador dela. Já para as empresas, é uma ótima opção de comunicar sua marca, sem o custo elevado de uma veiculação na TV. Quer ideia melhor que essa?

A Prefeitura dá todos os passos no seu site para quem quiser construir um parklet: www.gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/parklets.

Parklets em São Paulo: na Avenida Paulista com a Rua Padre João Manuel e na Rua Coronel Oscar Porto, quase esquina com a Rua Abílio Soares.

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Clarissa Sá é carioca. Chegou em São Paulo em 2012 para trampar e acabou por tomar gosto pelas preciosidades que passou a garimpar na Pauliceia. © 2014. Para conhecer suas outras garimpadas, acesse: http://garimpandonapauliceia.wordpress.com

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