Podologia cresce no Brasil e tem mercado atrativo

Profissão não é regulamentada, mas mesmo assim cresce o interesse pela área, que oferece um vasto campo de trabalho e bons salários.

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Diferente das mãos, a maioria das pessoas não cuida direito e não dá a importância merecida aos pés. E assim como as mãos, os pés despertam a atenção em qualquer época do ano. Se durante o inverno eles ficam escondidos por sapatos, botas e tênis, no Verão a situação é bem diferente, os pés ficam à mostra, exibindo sandálias coloridas e chinelos de dedo.

E são inúmeros os problemas que afetam os pés: bolhas, unhas encravadas, chulé, micose, calos, joanete, entre outros, que na correria do dia-a-dia, as pessoas não dão a devida atenção, muitos inclusive recorrem direto à farmácia sem passar por um especialista ou querem se tratar com as manicures.

Para o tratamento dos pés tem que se levar em consideração o formato, por exemplo, os pés chatos, além do quadril, da coluna, que são decorrência de problemas posturais”, afirma Armando Bega, Coordenador e Professor do Curso de Podologia da Universidade Anhembi Morumbi.

O que a maioria não sabe é da importância do Podólogo, profissional que cuida justamente da saúde dos pés.

Para o Professor Armando Bega, a Podologia não deveria estar dentro do salão de beleza, o que acaba deturpando a profissão. O Professor adverte que a Pedicure é a profissional responsável por cuidados externos e higiene dos pés, do embelezamento, ou melhor, tira a cutícula, lixa e passa o esmalte. Já o Podólogo atua na área da Saúde, estuda e trata das afecções, como unha encravada, calos, micose e outros. “Não posso olhar a beleza, preciso avaliar se os pés não têm alteração biomecânica, ou qualquer problema relacionado com as unhas. Independe da cor da pele, tamanho ou sexo. O conceito de pé bonito é diferente para um podólogo”, esclarece.

A pele seca e com descamação, excesso de transpiração e mau-cheiro também são tratados por esse profisisonal. “É bom esclarecer que os pés fazem do corpo, por isso não dá para tratá-los sem considerar o corpo, a cabeça e a coluna”, continua o Professor Armando Bega.

A profissão de Podólogo vem ganhando importância no mercado de trabalho é o que aponta o Jornal Correio Brasiliense, de fevereiro deste ano, quando afirma que segundo a Associação Brasileira de Podologia (ABP), existem hoje mais de 50 mil profissionais em todo o Brasil e a renda mensal varia de R$ 2 mil a R$ 6 mil para quem tem o curso técnico.

Apesar da profissão ainda não ser regulamentada, muitas clínicas particulares e hospitais procuram pelos serviços do Podólogo, o que indica o crescimento da área.

A busca hoje em dia por melhor qualidade de vida, os cuidados maiores que os idosos necessitam, assim como os diabéticos, e até mesmo os esportistas fazem com que os podólogos sejam bastante requisitados.

Há uma infinidade de lugares onde o podólogo pode trabalhar; em hospitais, clínicas médicas, spas, clubes, residências e atuar como autônomo indo em residências, além de abrir um consultório, ou entrar de parceria com médicos e fisioterapeutas, atendendo todas as faixas etárias desde bebês até adultos.