
Por mais qualidade de vida
Para garantir uma boa qualidade de vida, é preciso ter hábitos saudáveis, cuidar bem do corpo, ter relacionamentos saudáveis, uma alimentação equilibrada, sem esquecer que é necessário tempo para o descanso e o lazer, além de outros hábitos que proporcionem a qualquer indivíduo se sentir bem. Diferente de ‘padrão de vida’, que é à medida que quantifica a qualidade e quantidade de serviços ou bens, ‘qualificar a vida’ é como usar o humor para lidar com situações estressantes ou, definir objetivos de vida para que a gente sinta que tem controle sobre a própria vida.
Foi no início dos anos 70, nos Estados Unidos que nasceu a ideia de associar exercícios à qualidade de vida. Ainda que pareça unanimidade, não é possível padronizar conceitos como saúde, bem estar e estilo de vida. Algumas pessoas simplesmente não gostam de fazer exercícios físicos e escolhem uma vida sedentária. Esta opção não deixa de ser uma alternativa de bem-estar, já estas pessoas têm consciência de sua escolha e não atrapalham ninguém. A sensação de que está se perdendo tempo em algo que não contribui para nada parece menos importante, do que sermos desafiados em algo que nos envolve e atrai.
Como a saúde nem sempre está no topo da lista de nossas prioridades, os padrões de convivência social que escolhemos adotar é o que define isso que chamamos de ‘qualidade de vida’. Este método, utilizado para medir o nível de vida de um ser humano, contribui para estudos na melhora do bem físico e espiritual dos indivíduos em sociedade. Embora o nosso bem-estar físico influencie diretamente o conjunto de ações que escolhemos para viver bem, e ainda que seja uma opção pessoal, as nossas escolhas, por uma vida melhor, só terão consequências em longo prazo. Com base nas emoções positivas, a sensação de realização, inclui sentimentos de gratidão, felicidade, tranquilidade, confiança, proximidade e inspiração, cuja principal fonte dos diferentes aspectos da ‘qualidade de vida’ existe devido aos nossos relacionamentos em sociedade, com a família e os amigos. Esta nossa principal ‘rede de segurança pessoal’ é o que se torna é fundamental na formação da nossa habilidade de enfrentar desafios e a resiliência em nossas vidas. O que seria de nós sem os amigos, que afetam a nossa existência para o positivismo?
O conceito de qualidade de vida, que foi criado em 1958, pelo economista J.K. Galbraith é diferente da visão quantitativa criada pela economia. As metas sociais não são medidas em termos de crescimento econômico quantitativo ou material do padrão de vida, mas sim de melhoria em termos de ‘qualidade’ das condições de vida. Assim como se exercitar, controlar o estresse e adotar hábitos saudáveis tem por finalidade manter a saúde física e psicológica, aumentando assim a qualidade de vida. Mas, para que o organismo responda positivamente, ao fazemos escolhas, a maioria de nossas rotinas (como ao começar o dia, o que escolhemos para comer) e reações normais (comer muito quando ficamos nervosos, falar mal dos outros que nos frustram) acontecem automaticamente. Tentativas e experiências com mudanças não significam que é necessário se manter tudo que fizer. Descobrir o que não funciona é uma parte importante de perceber o que dá certo para manter a motivação e melhorar nossas vidas em diferentes aspectos. Por isso, o bem-estar é o melhor caminho para quem não quer apenas sobreviver, mas viver bem.
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Sonia Nascimento é jornalista, Pós-Graduada em Direção Editorial pela ESPM. © 2014.