Inseminação Intrauterina (IIU) ou a Fertilização in Vitro (FIV) podem ser os caminhos para a conquista do sonho da maternidade.
A sociedade mudou e, ao longo dos anos, a participação da mulher também se transformou. Hoje, a presença feminina, nas mais diversas áreas, é cada vez maior e mais forte. A mulher conquistou o direito de escolher o seu caminho e assumir as suas decisões livremente.

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Nesse novo cenário, dentre as principais mudanças, está a possibilidade de escolha do momento de realizar o sonho da maternidade e, sobretudo, do fato de quererem assumir o papel de mãe e pai ao mesmo tempo. Segundo o ginecologista responsável pela reprodução humana da Criogênesis, Dr. Renato de Oliveira, é cada vez mais crescente o número de mulheres interessadas na realização de uma reprodução assistida, para uma produção independente. “São muitas as razões que as levam a esta opção, seja pelo fato de não terem encontrado o parceiro ideal, a opção sexual, a idade, ou mesmo o desejo de se tornar mãe, independentemente das convenções sociais. Indiferente de quaisquer circunstâncias, todas possuem o mesmo interesse: gerarem um filho”, explica.
“Apesar de ainda existirem algumas barreiras, as pessoas vem aceitando melhor as mulheres que optam por serem mães sozinhas, já entendem melhor que elas desejam ter um filho e que podem educá-los da melhor forma possível, independente dos padrões de uma família tradicional”, contemporiza o especialista.
TRATAMENTOS
Desde 2009, a reprodução assistida para produção independente foi autorizada no país pelo CFM. Assim, a mulher pode optar por duas alternativas: a Inseminação Intrauterina (IIU) ou a Fertilização in Vitro (FIV). “Na técnica de inseminação intrauterina, os espermatozoides são injetados diretamente na cavidade do útero e a paciente possui, em geral e dependendo da idade, 18% de chance de engravidar. Já com a Fertilização In Vitro, as possibilidades são maiores, chegando até 40%”. De acordo com o ginecologista, os espermatozoides para a fecundação devem ser de doadores anônimos. “A doação, no Brasil, é obrigatoriamente anônima. Caso algum conhecido queira oferecer os espermatozoides, caracteriza-se paternidade e não doação, independente se for utilizado uma técnica de reprodução assistida para o encontro dos gametas”, observa o Dr. Renato.
Dr. Renato destaca ainda que, antes de realizar todos os exames necessários para a técnica de reprodução assistida, a mulher deve ter plena certeza de sua escolha, uma vez que ela irá assumir um papel duplo. “Ela precisa ter consciência das dificuldades que irá enfrentar. Afinal, ser mãe e pai ao mesmo tempo é uma escolha que requer muita responsabilidade, amadurecimento, determinação e estabilidade, principalmente emocional”, finaliza.