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O crescimento de congressos e convenções internacionais no Brasil passou de 62 para 315 em apenas 9 anos. Apenas em 2013, último levantamento realizado pelo Observatório do Turismo, da Faculdade de turismo e hotelaria da UFF – Universidade Federal Fluminense, o mercado de eventos movimentou aproximadamente R$ 59 bilhões. Se considerarmos os gastos indiretos, este número sobe e gera para a economia brasileira cerca de R$ 209,2 bilhões.
Pesquisa realizada em 16 eventos internacionais em cinco regiões do País, entre março e agosto de 2014, pela ABEOC Brasil – Associação Brasileira de Pesquisas e Eventos, verificamos que as cidades mais visitadas por turistas estrangeiros de Negócios e Eventos são: Rio de Janeiro (33,2%), São Paulo (16,7%), Foz do Iguaçu (6%), Manaus (6%), Belém (4,5%), Salvador (4,4%).
Estas praças, além de impactar positivamente a economia brasileira com o alto número de eventos internacionais, são também estados onde se concentram profissionais de interpretação de conferência cujo principal papel é manter a qualidade no fluxo de informação em apresentações feitas para públicos de diferentes línguas. A contratação de um bom intérprete é um diferencial. A APIC (Associação de Intérpretes de Conferência) tem cerca de 173 membros (residentes no Brasil e fora do país) e representam os profissionais melhores qualificados.
A profissão, apesar de não regulamentada, é possível obter habilitação em tradução e interpretação cursando Letras e investir em uma extensão para efetuar testes em cabines, simulando uma situação real.
Um intérprete é autônomo e pode receber até 15 mil reais por mês, de acordo com o calendário de eventos do país. São Paulo é a cidade com a diária mais alta, chegando a R$ 1500,00 por seis horas de trabalho.
Há diferentes tipos de interpretação, como:
Interpretação sussurrada (chuchotage) – falam de modo continuo, sem nenhuma pausa. O intérprete fala em voz baixa aquilo que é dito durante a ‘reunião’. Nesse tipo de interpretação, o intérprete tem que ser nativo na mesma língua que o cliente. Usado em reuniões, entrevistas, conferências e acontecimentos que contem público.
Interpretação Consecutiva – Enquanto o participante fala, o intérprete toma algumas notas para na sequência, fazer a interpretação para o outro idioma.
Interpretação Simultânea – Os intérpretes ficam sentados dentro da cabine, recebem pelos fones de ouvido o que é dito, e transmitem em outro idioma as palavras do orador. Esse tipo de comunicação é impossível sem o auxílio de intérpretes profissionais fluentes em seus idiomas e precisam ser muito bem tratados nas técnicas de tradução, interpretação e comunicação.
Interpretação em língua de sinais (para surdos) – é o profissional que interpreta e traduz a mensagem de uma língua para outra de forma precisa, permitindo a comunicação entre duas culturas distintas.
Tradutor público/intérprete comercial – tem fé pública e normalmente trabalha em cerimônias de casamento, atos de lavratura de escrituras públicas e audiências. Para exercer esse tipo de profissão, é necessária aprovação em concurso público organizado pela Junta Comercial do respectivo estado do intérprete.
Conheça mais sobre a profissão e como contratar um profissional da rede APIC no site da associação. Lá você encontra um diretório de intérpretes e dicas para quem está contratando um intérprete pela primeira vez: http://www.apic.org.br/