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Quando era criança, eu achava que:

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Quando era criança, eu achava que:

Se eu esfregasse a borracha da escola em alguém, essa pessoa desapareceria.

Os chicletes eram feitos para engolir.

Vaca era sinônimo de puta, porque qualquer um pega nas tetas dela.

Os filmes pagavam uma fortuna de cachê para Deus fazer a locução com aquele vozeirão dele.

A minha babá era a Rita Caddilac e não vinha trabalhar aos sábados justamente para fazer o programa do Chacrinha.

Se eu trocasse os adesivos de play e rewind das teclas do meu gravador, as funções seriam trocadas também.

As mulheres faziam xixi sentadas porque ficavam muito cansadas cuidando da casa e das crianças.

Quando descobrissem que o Pica-pau tem dois palavrões num só nome, tirariam o desenho do ar.

O cocô seria mais divertido se saísse cada vez de uma cor diferente.

A qualquer momento a Terra sairia da órbita e ficaria solta no espaço.

O Lombardi era pai da Bruna Lombardi.

Os adultos já tinham participado de todas as brincadeiras possíveis e a única coisa que restou a eles foi trabalhar.

Os extra-terrestres assistiam às nossas vidas, como se fosse um programa de TV. Por isso, eu tentava tomar banho de lado pra não mostrar o pinto pra câmera.

Se quando eu crescesse, fosse um misto de Sidney Magal e Guilherme Arantes, eu ia me dar bem com as mulheres.

Cola era feita de requeijão.

Não fazia sentido xingar alguém de filho da puta se você queria ofender a pessoa e não a mãe dela.

Só as mulheres tinham mamilos – os dos homens caíam assim que a gente ficasse adultos.

Quando você viajava de avião, poderia ver Deus em alguma nuvem, mas só se desse a sorte de passar pelo mesmo caminho que ele.

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José Luiz Martins. Humorista, publicitário e roteirista. Sócio da empresa Pé da Letra, de criação e produção de conteúdo. © 2014.

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