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“Somos todos Maju’ e “Beijinho no ombro” só não basta

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Foto: Reprodução

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Está foi a resposta que a apresentadora do Jornal Nacional Maria Júlia Coutinho (Maju) deu diante o racismo e intolerância racial que sofreu na quita feira e sexta-feira ( dias 2 e 3 de julho) depois que um post foi colocado na página do jornal no facebook, falando sobre a previsão do tempo.

“Só foi ela chegar que o tempo ficou seco igualmente a um carvão em cinzas”, “Ela já nasceu de luto”, foram alguns dos absurdos escritos pelos seguidores da funpage.

Até quando as pessoas vão agir assim? Até quando vão praticar esse preconceito patético? ISSO É CRIME!

Assim como a apresentadora, milhões de brasileiros sofrem todos os dias insultos e olhares que as vezes ferem mais que palavras.

O QUE REALMENTE PODEMOS FAZER DIANTE ESTA SITUAÇÃO?

De que forma a Educação pode colaborar ?

A criação de personagens negros protagonistas em jogos eletrônicos vem estimulando a visão positiva e heróica da raça e reforçando, também, a importância dos negros na construção da nossa história e sociedade. Esses jogos já existem!!

São jogos eletrônicos, histórias em quadrinhos (HQ) e outros produtos midiáticos, no formato moderno e próximo a jovens e adolescentes, com conteúdo da história da participação da afro-descendência na construção da cultura brasileira.

Este projeto, desenvolvido pela Sinergia Games (www.sinergiagames.com.br) , resgata um modo de conhecimento desprestigiado em nossa sociedade (mitológico), valoriza uma cultura sobrepujada (a africana), através de um suporte de natureza comunicacional e artística (jogos eletrônicos).

“Representamos o negro como herói tanto em histórias em quadrinhos, como em jogos eletrônicos, para que haja o reconhecimento e a valorização das influências africanas na formação da sociedade brasileira e do protagonismo da população afro-brasileira na formação social, política e econômica do país”, afirma Cristhyane Ribeiro, diretora da Sinergia Games – empresa que desenvolve produtos e jogos midiáticos, pedagógicos e interativos.

Os estudantes brasileiros, em sua maioria afrodescendentes (aproximadamente 51% da população é negra ou parda – classificação do IBGE – segundo o último senso de 2010), em contato com histórias de suas origens étnico-raciais podem identificar-se com heróis, heroínas, divindades – protagonistas em geral – que são negros e, ainda, com esta identificação positiva potencializar sua auto estima e, ainda, vislumbrar, certamente, o papel de protagonistas na sociedade, em suas vidas, em todos os espaços.

“Com este grande projeto educacional, mitológico e cultural esperamos contribuir para a ampliação do significado da vida e do propósito pessoal de muitos jovens e adolescentes afrodescendentes que encontram-se em formação em nossa sociedade ao abordar os conteúdos da mitologia afrodescendente de forma lúdica e educativa. Juntamos, ainda, aos esforços das ações pedagógicas e de difusão das organizações culturais afro-brasileiras em gerar reflexões e práticas que contribuam para o senso crı́tico dos atores da educação e da sociedade”, completa Cristhyane.

Vale lembrar, que é obrigatória a inclusão de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana nos currículos da Educação Básica do nosso país.

Trata-se de uma decisão política com fortes repercussões pedagógicas que objetiva o reconhecimento e a valorização das influências africanas na formação da sociedade brasileira e do protagonismo da população afro-brasileira na formação social, política e econômica do país.

Todas as escolas públicas e particulares devem ensinar aos alunos conteúdos relacionados à história e à cultura afro-brasileiras desde o início da vigência da Lei no 10.639, em 2003. O documento propõe a divulgação e produção de conhecimentos, a formação de atitudes, posturas e valores que eduquem cidadãos orgulhosos de seu pertencimento étnico-racial e que tenham seus direitos garantidos e sua identidade valorizada.

Valorização de todas as etinias na formação da criança

A mitologia africana e afro-brasileira é tão fabulosa quanto a grega, no entanto, perguntando a um adolescente ou adulto com formação tradicional, mesmo com hábito de leitura, um exemplo de divindade e/ou herói e heroı́na, na maioria quase absoluta dos casos, a resposta será alguma divindade da cultura grega – Afrodite, Zeus etc. ou da mitologia moderna em construção presente na arte de quadrinhos americana como: Super Homem, Homem Aranha, etc. É preciso que nossa comunidade conheça e valorize mais as belezas da cultura afro-brasileira.

**Os produtos são disponibilizados nas versões inglês e espanhol, além da principal em português, possibilitando figurar de forma mais ampla, também, no contexto da comercialização de produtos turísticos, servindo, também, aos propósitos de divulgação da cultura e arte brasileira para o público brasileiro e, também, de outros países.

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