Brasileiros participam de mentoria em hackathon da NASA
O Nasa International Space Apps Challenge, hackathon internacional promovido pela incubadora da agência espacial, aconteceu em outubro de 2020. O…
O Nasa International Space Apps Challenge, hackathon internacional promovido pela incubadora da agência espacial, aconteceu em outubro de 2020. O desafio, que envolveu mais de 150 países do globo terrestre, contou com a participação de mais de 26 mil participantes, dos quais aproximadamente 600 foram brasileiros de diversos estados brasileiros.
Problemas a serem solucionados
Neste hackathon (competição de inovação) os participantes puderam escolher um dos seguintes temas de 3 pilares, sendo o primeiro sobre nosso planeta:
Poluição do ar;
Diversidade biológica;
Pegada de carbono;
Detector de desastres naturais;
Futuro sustentável;
Mapeamento (populacional) humano;
Incêndio florestal;
Prevendo enchentes;
Eventos Climáticos;
Em seguida deveriam criar aplicativos, metodologias e softwares para ajudar a resolver cada uma dessas questões, além de alguns outros desafios do segundo pilar de temas, que foram mais gerais como, p.ex., aumentar a sensibilização e consciência sobre questões de:
História da Terra
Redução da desigualdade
Maior acessibilidade à informações sobre universo, estrelas, lua e marte
Facilitar visualização de astros e eventos espaciais
Exploração planetária virtual
Já o terceiro pilar de temas é bastante interessante, pois estava ligado diretamente à própria Nasa e o cotidiano dos astronautas no espaço. Esses temas foram: ferramenta de agendamento de sono dos astronautas; técnicas de melhoria de montagem de módulos espaciais no espaço e comunicação mais eficiente entre Terra e Marte.
Em entrevista ao The São Paulo Times, Dennis Nakamura, engenheiro pela USP e um dos mentores das equipes brasileiras relata: “É um evento incrível e muito bem organizado com o intuito de aumentar a consciência pública da importância das agências participantes e da sustentabilidade além de promover a colaboração, criatividade e pensamento analítico estruturado. Pude conhecer participantes e mentores do Oiapoque ao Chuí e que tiveram acesso temporário aos dados de diversas agências espaciais como a própria NASA.”
Informações e dados espaciais, meteorológicos, climatológicos, e outros mapeamentos do nosso planeta compuseram o Big Data disponibilizado para o hackathon. As agências que liberaram parte do seu banco de dados são:
NASA – Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço
CSA – Agência Espacial Canadiana
CNES – Centro Nacional de Estudos Espaciais da França
JAXA – Agência Japonesa de Exploração Espacial
ESA – Agência Espacial Européia
“Com o acesso a todos esses dados as equipes tiveram 48 horas para analisar, colaborar, criar e apresentar seus projetos e aplicativos MVP (mínimo produto viável). Tudo isso online, o que acaba por aumentar o trabalho de todos. O whatsapp não pára!” brinca o mentor Nakamura.
Soluções criativas
Com os temas tão diversos fica claro que as soluções seriam diversas. “Já tive oportunidade de ajudar em diversos hackathons de foodtechs e healthtechs, mas esse hackathon espacial me surpreendeu. Pude conversar com mentores cientistas de diversas especialidades e fundadores de startups. E haviam profissionais experientes dentre os participantes que certamente aumenta o nível da entrega das soluções, enquanto normalmente a maioria das demais competições foca mais no público universitário”, comentou Dennis.
A equipe Space Art de Curitiba criou um trabalho artístico com uma jornada de nuvens de palavras-chave contando a história da caminhada do ser humano desde a criação da luneta até a chegada em marte para inspirar o público.
Já a equipe Grees de Porto Velho – RO focou em criar um MVP de aplicativo para smartphones que ajuda a otimizar a produção de alimentos sem ou com desmatamento reduzido com gráficos comparativos entre o cenário atual versus o ideal de produção alimentar com base nos dados liberados das agências.
Por fim, a equipe Eisei de Belo Horizonte criou um app também em formato MVP para capturar imagens e informações específicas de satélites da NASA, JAXA e ESA e disponibilizá-los para o usuário explorar em formato 3D, de quiz (jogo de perguntas e respostas) e batalha multijogador de conhecimentos espaciais.
Fase mundial do hackathon
As equipes brasileiras e dos demais países estão competindo em seis categorias na etapa global -“Melhor Uso de Dados”, “Melhor Uso de Hardware”, “Mais Inspirador”, “Melhor Conceito de Missão”, “Melhor Uso da Ciência” e “Impacto Galáctico”.
Os vencedores de cada categoria serão convidados a fazer o pitch da sua solução para bancas específicas das agências espaciais participantes e assistir a um lançamento de um foguete ao vivo.
Clique aqui e assista a abertura da competição
(https://www.youtube.com/watch?v=FF2RfW0X31o)
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