Tendência global das companhias em terceirizar o desenvolvimento e testes de aplicações para se adequar a regulamentações
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O setor financeiro é um dos mais regulados do mundo e passa por um movimento contínuo de adoção de novas práticas de compliance. O objetivo das regulamentações é garantir a solidez das instituições e a segurança das operações bancárias. São exemplos desse movimento o Basileia III, a ISO 27002, para segurança da informação, e o FATCA, acordo internacional criado pelo governo americano.
As regras aprimoram o ambiente de negócios e estimulam a transparência na gestão. No entanto, trazem às empresas a necessidade de adequação e atualização de seus sistemas de tecnologia para estar em compliance com as legislações vigentes. Como a maioria dos bancos roda suas aplicações em mainframe, essa atualização torna-se uma tarefa complexa e custosa.
Estudo do instituto de pesquisa inglês Vanson Bourne, promovido pela Micro Focus, mostra que essa necessidade de compliance está levando a uma tendência global de terceirização do desenvolvimento e de testes com aplicações mainframe. O instituto consultou 590 CIOs de nove países, incluindo o Brasil, e constatou que 39% dos líderes optam pela terceirização no momento em que há uma mudança no cenário regulatório. Nos Estados Unidos, o índice chega a 62%. No Brasil, é de 34%. A pesquisa foi conduzida em novembro de 2013, com profissionais que atuam em organizações com mais de 500 funcionários.
Entre os CIOs que decidiram terceirizar o desenvolvimento e os testes de suas aplicações mainframe por razões de compliance, 60% passaram contratualmente ao seu parceiro de desenvolvimento a responsabilidade legal pela proteção e privacidade dos dados. Outros 16% expressaram o desejo de tomar essa atitude. “Ao contar com um parceiro para desenvolvimento e teste, as empresas ganham tempo, fôlego e recursos para investir em inovação e em seu core business”, afirma o country manager da Micro Focus no Brasil, Marco Leone.
A Micro Focus é líder na modernização e migração de aplicativos e iniciou sua operação no Brasil em 2009. “A tecnologia de que dispomos hoje permite estabelecer medidas eficazes para atualizar aplicativos do ambiente mainframe de forma mais simples e ágil, com controle total sobre o processo”, diz Marco Leone.
A importância de modernizar o mainframe
Mais da metade (55%) dos líderes de TI dizem ter certeza ou uma forte convicção de que o conhecimento original sobre seus aplicativos de mainframe e da estrutura de suporte de dados não está mais dentro da organização. No Brasil, o índice é de 48%. Da mesma forma, 73% deles admitem que a documentação da sua organização está incompleta – no Brasil, o porcentual alcança os 75%. Essa falta de registros dificulta a identificação e a execução de mudanças exigidas pelas novas regulamentações.
Por fim, 44% dos CIOs admitem não ter capacidade para conduzir o trabalho de adequação às regras apenas com estrutura e equipe internas. Optando ou não pela terceirização, 98% dos entrevistados consideram importante flexibilizar seu ambiente mainframe, sendo que 91% acreditam que essa necessidade deve aumentar no futuro.
