
Foto: Reprodução
Impulsionadas pela aprovação da Lei dos Portos, em 2013, empresas que atuam em Terminais Portuários Privados decidiram se unir para defender seus interesses. O presidente da Associação dos Terminais Portuários Privados (ATP), Murillo Barbosa, disse que a associação buscará garantir a segurança jurídica do setor portuário e defender a liberdade de contratação de mão de obra. Segundo ele, a entrada em vigência de novas leis, cuja aplicação nos contratos vigentes é imediata, deveria ser negociada com as empresas.
Criada em 2013, a ATP conta com 19 membros: Vale, VLI Logística, Bunge, Cargill, Ronav, Transpetro, MRN, Odebrecht, Porto Itapoá, Portocel, Portonave, Samarco, Teporti, Thyssenkrupp, Bertolini, Porto do Chibatão, Ferrous, Hermasa e Zamin.
Com quais objetivos foi criada a ATP?
A associação que representa o maior número de terminais portuários ainda é a Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP). Mas, com o surgimento da Lei dos Portos, em 2013, algumas empresas sentiram a necessidade de criar uma associação que defendesse melhor seus interesses. Como o novo marco regulatório priorizou os terminais privados, a tendência é que surjam investimentos grandes. Por isso, é necessário que essas empresas se organizem para promover ações que garantam a estabilidade do ambiente legal e a segurança jurídica do setor, o que é fundamental para os investidores.
Sobre essas questões jurídicas, que problemas vocês identificam e que soluções defendem?
Antes da Lei dos Portos, a vigência de uma autorização era indeterminada e, agora, dura 25 anos. Mas o contrato de adesão ainda é precário e alguns pequenos pontos têm que ser trabalhados, como a questão do direito adquirido. Foi definido que as novas leis terão aplicação imediata nos contratos vigentes. Nós consideramos que essa questão deve ser negociada e já estamos em discussão com a Associação Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) sobre isso.