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Vai escalar o Everest? Traga seu lixo de volta!

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Eis um segredo sujo da montanha mais alta do mundo e um que dificilmente se encaixa com a percepção do público que o visita, mas após seis décadas de montanhismo, o governo do Nepal diz que o Monte Everest tem cerca de 50 toneladas de lixo. Há cilindros de oxigênio vazios, restos de tenda, baterias e equipamentos de escalada, além de lixo humano e corpos de alpinistas mortos que não se decompõem no planalto congelado permanentemente.

O Nepal administra a rota do sul – a mais popular para o pico – e embora já exija que os alpinistas desçam para o acampamento com todos os resíduos, o governo declara que seus esforços não conseguiram deixar a montanha intocada.

O governo revelou uma nova política ao pedir que os alpinistas que escalam o Everest acima de 5.300 metros tragam de volta oito quilogramas de lixo, além de seu próprio lixo. Se eles se recusarem é necessário efetuar um depósito no valor de 4 mil dólares, que será reembolsado somente se os escaladores provarem que trouxeram sua própria engrenagem e suprimentos.

“Nossos esforços anteriores não foram muito eficazes. Desta vez, se os alpinistas não trouxerem o lixo de volta, vamos tomar as medidas legais e sancioná-los”, explica Madhusudan Burlakoti, o Secretário Adjunto do Ministério de Turismo, Cultura e Aviação Civil do Nepal.

Os líderes de expedição foram acusados ​​de subestimar a quantidade de equipamento que levam, de forma a evitar quaisquer problemas se voltarem com menos do que eles alegaram. Sob a nova política, no entanto, os membros da expedição ao Everest terá que levar seus equipamentos e oito quilos de lixo para a inspeção em um novo escritório que será criado na base do acampamento.

Os montanhistas de hoje dizem que muitos dos fragmentos espalhados pelo pico do Himalaia remontam os primórdios da exploração do Everest, prática comum para os alpinistas. As regras e a ética do esporte mudaram consideravelmente desde então.

Apesar das expedições de limpeza regularmente arrastarem as encostas mais altas, elas foram incapazes de diminuir as pilhas de lixo consideravelmente.

No mês passado, o Nepal baixou as taxas individuais para subir o pico mais alto do mundo em 11 mil dólares e aboliu os descontos para grandes equipes de expedição. Os críticos, no entanto, temem que os preços baixos só atraiam mais alpinistas, aumentando a lotação da montanha.

O governo do Nepal declarou que uma de suas políticas de montanhismo é colocar soldados e policiais no acampamento-base para resolver conflitos e ajudar em todos os problemas. Esses funcionários ficarão em um escritório de inspeção separado do acampamento base com a missão de limpar o caminho do pico mais alto do mundo.

© 2014, IBTimes

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