Promova autonomia, responsabilidade e aprendizado nas crianças com as diretrizes da pioneira na educação infantil
Há mais de um século Maria Montessori, pioneira no campo pedagógico, desenvolveu um método amplamente reconhecido por promover o rápido desenvolvimento autônomo das crianças.
Com objetivo de formar indivíduos independentes, capazes de assumir responsabilidades tanto por si mesmos quanto pelos outros, Montessori montou uma estrutura complexa. Os princípios fundamentais dessa metodologia são brevemente apresentados por Maria Stampfer, na obra O guia Montessori para bebês e crianças, lançamento da Caminho Suave, do Grupo Editorial Edipro.
Confira quais esses 6 fundamentos são:
1) A mente absorvente inconsciente – Montessori acreditava que crianças de zero a seis anos absorvem informações quase sem esforço e são muito sensíveis ao ambiente. Essas impressões são incorporadas ao desenvolvimento, com estímulos absorvidos como uma esponja embebida em água. Isso traz uma grande responsabilidade para os adultos, que devem ser modelos positivos. Assim como a esponja não distingue entre água limpa e suja, as crianças registram e copiam comportamentos positivos e negativos.
2) O adulto preparado – Pais e educadores desempenham um papel essencial no método Montessori. Os adultos devem aceitar os erros da criança sem corrigi-los, conduzi-la por meio de bons exemplos e não perturbar os momentos de concentração. Eles devem se libertar de ideias preconcebidas em relação às crianças e, em vez disso, buscar informações sobre o desenvolvimento infantil.
3) O ambiente preparado – O adulto deve criar um ambiente preparado para o desenvolvimento da criança, decidindo sobre móveis e objetos. Um ambiente adequado permite que a criança se desenvolva livremente dentro de limites estabelecidos. Ela é independente e tem certa liberdade de escolha, mas isso não significa que os pais renunciem totalmente ao controle. Por exemplo, a criança pode escolher o que vestir entre duas opções sugeridas pelo adulto ou optar por um lanche organizado pelos pais.
4) Desenvolvimento individual – O desenvolvimento único de cada criança precisa ser reconhecido pelos responsáveis, que devem evitar comparações com outros indivíduos. É crucial que os pais respeitem os interesses individuais, a abordagem de aprendizado específica e as preferências de cada um.
5) Motivação interna para aprender – As crianças possuem uma motivação intrínseca para aprender coisas novas. Elas se surpreendem facilmente, são curiosas e estão sempre prontas para aprender. Pais e educadores podem direcionar esse amor pelo aprendizado e ajudá-las a desenvolver a personalidade. Do aprendizado prático e concreto surge uma motivação especial, isso possibilita que elas realizem suas próprias experiências táteis, ou seja, são ativas nesse processo. E isso pode levar a um aprendizado mais profundo.
6) Fases sensíveis – Montessori denomina “fases sensíveis” os períodos em que as crianças estão especialmente receptivas a aprender certas habilidades ou conceitos. Isso ocorre quase sem esforço. Os adultos reconhecem essas fases por algum forte interesse do pequeno. Um bebê que começa a imitar sílabas está entrando na fase sensível da linguagem. Uma criança que, de repente, só quer brincar sem parar está especialmente receptiva a padrões de movimento específicos. São sete fases sensíveis nos primeiros anos de vida.