Dados do último levantamento do IBGE mostram que a idade média da população ocupada está aumentando e já chega a 39 anos. O PIB per capita, por sua vez, aumentou marginalmente, mais em função do baixo crescimento populacional impactado pela covid-19. Ou seja, a população está envelhecendo, mas não enriquecendo.
“Então, se vamos viver mais, há um risco de que, nesta longevidade, nós não tenhamos saúde financeira que ofereça condição de manter o bem-estar do brasileiro”, explica Carlos Castro, planejador financeiro e CEO da SuperRico, plataforma de saúde financeira. “Esses números estão sinérgicos a um levantamento feito pela SuperRico em 2022 sobre o Risco de Longevidade Financeira, que apontou que uma das principais preocupações em relação à aposentadoria é a falta de dinheiro e a dependência financeira de outros”. O estudo ouviu 800 pessoas com familiaridade em assuntos relacionados às finanças ou com algum interesse em temas sobre inteligência financeira.
Quando indagados sobre o quanto estão confiantes em ter uma aposentadoria confortável financeiramente, 34% dos respondentes têm pouca ou nenhuma confiança; 45% se sentem mais ou menos confortáveis e apenas 21% se consideram muito confiantes sobre o fôlego financeiro na aposentadoria.
“Um fato curioso do levantamento é que o receio de não ter dinheiro independe da renda. Considerando aqueles que ganham mais de dez salários-mínimos, a preocupação de não ter capital atinge a marca dos 62% e, no outro extremo, os que ganham até dois salários-mínimos, o receio atinge 68%”, afirma o CEO da SuperRico.
“Tudo isso reforça a necessidade de ter um planejamento financeiro,
construir uma reserva que seja suficiente para manter o bem-estar nesta longevidade que já é uma realidade”, finaliza Castro.