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Parcerias em evolução | Como marcas e agências estão reinventando o mercado brasileiro

Como a digitalização e a busca por resultados mensuráveis estão moldando as novas dinâmicas entre marcas e agências

Nos últimos anos, a relação entre marcas e agências de comunicação no Brasil tem se reinventado para atender às novas demandas do mercado. Com o avanço da digitalização e a crescente exigência de transparência e eficiência, as marcas buscam parcerias que ofereçam resultados tangíveis, medição precisa de performance e modelos mais flexíveis de atuação. Essa mudança impulsiona tanto grandes quanto pequenas empresas a optarem por combinações de agências especializadas e estruturas internas, buscando eficiência e inovação.

Vanessa Aloi, fundadora da ESSA Solução, destaca a importância de as agências atenderem essas novas expectativas de agilidade. “Hoje, as marcas querem uma agência que entenda seus desafios em profundidade e que também seja capaz de se adaptar rapidamente. O mercado exige uma performance mensurável e um entendimento mais preciso dos objetivos das campanhas”, afirma. Essa tendência reflete o desejo das marcas de combinar uma visão estratégica com um tempo de resposta ágil, especialmente em um contexto de crescente demanda digital.

Outro aspecto essencial dessa transformação é o ROI, ou retorno sobre investimento. “As marcas precisam de parceiros que saibam transformar dados em ações que gerem resultados claros. Isso coloca as agências em uma posição onde a transparência e a capacidade de mensuração são cada vez mais valorizadas”, acrescenta Andressa Macieira, cofundadora da ESSA Solução. Segundo Andressa, essa pressão por resultados objetivos tem levado marcas e agências a um novo patamar de colaboração, onde a confiança e a clareza na comunicação tornam-se fundamentais.

Um aspecto central nas relações entre marcas e agências é a crescente demanda por transparência, especialmente em colaborações com influenciadores e campanhas de impacto social. No Brasil, onde o mercado de marketing de influência movimenta cerca de 30 bilhões de reais, o conceito de “Fair Creators Economy” tem ganhado força. Essa abordagem defende que influenciadores e marcas compartilhem expectativas e objetivos desde o início para alinhar a liberdade criativa do influenciador com as metas da marca, reforçando a autenticidade da comunicação e evitando campanhas que pareçam artificiais ou desalinhadas com o público-alvo.

Outro ponto importante é a necessidade de agilidade. A geração Z, especialmente, consome conteúdo em alta velocidade, valorizando marcas que abordam questões sociais e ambientais com clareza e mantêm um discurso consistente entre o que pregam e o que entregam. Para as agências, isso representa o desafio de criar campanhas que integrem esses valores e se destaquem pela interatividade e inovação, com tendências crescentes em realidade aumentada e influenciadores virtuais, mantendo o interesse e conexão genuína com o público.

Para se adaptar a esse cenário, muitas marcas estão integrando times de marketing internos, permitindo uma comunicação mais fluida com agências externas e acelerando a execução de campanhas. Segundo dados do setor, a pandemia intensificou a migração para canais digitais e o uso de métricas de engajamento e conversão como forma de avaliar a eficácia das campanhas, reforçando a necessidade de flexibilidade nos modelos de parceria.

Vanessa e Andressa observam que a abordagem híbrida é uma tendência que só tende a crescer, pois une a especialização externa das agências com a proximidade dos times internos das marcas. “Essa integração oferece o melhor dos dois mundos: inovação externa e alinhamento interno com os objetivos da empresa”, conclui Vanessa Aloi.

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